Hoje na Economia 03/03/2017

Hoje na Economia 03/03/2017

Edição 1716

03/03/2017

A abertura dos negócios, nesta manhã, prenuncia um dia de quedas para os mercados de ações, ao mesmo tempo em que o dólar se valoriza diante das principais moedas, notadamente as moedas dos emergentes. Alta iminente dos juros americanos alimenta certa aversão ao risco, nesta sexta-feira. A presidente do Fed, Janet Yellen, discursa hoje às 15hs de Brasília, podendo reforçar as expectativas de que uma alta de juros nos EUA pode ocorrer já neste mês. Os futuros dos Fed funds mostram quase 80% de chance de uma elevação na reunião do Fomc do dia 15 próximo.

O dólar sobe frente às principais moedas. O índice DXY encontra-se em 102,58, no momento, com alta de 0,12% frente o nível de ontem. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se estável em 2,478% ao ano. O contrato futuro do índice de ações S&P 500 opera em queda de 0,32%, apontando para um dia de perdas para o mercado acionário norte-americano. Na agenda econômica, além do discurso de Janet Yellen, devem se pronunciar em eventos públicos, o vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, e o diretor, Jerome Powell.

Na Ásia, mercados fecharam em baixa, refletindo a cautela antes do discurso de Janet Yellen. Desta vez, ao contrario dos dias anteriores onde a especulação em torno dos juros americanos favoreceram as ações do setor financeiro, a aversão ao risco levou ao fortalecimento do iene e a movimento de vendas no mercado de ações japonês. O índice Nikkei encerrou esta sexta-feira com queda de 0,49%, após ter atingido o maior nível em dois meses, no pregão de ontem. O dólar é negociado no momento a 114,25 ienes, contra 114,45 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Composto de Xangai fechou com queda de 0,36%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong contabilizou perda de 0,74%.

Na Europa, a maioria dos mercados da região opera no vermelho, refletindo a mistura entre o sentimento de cautela à espera do discurso de Janet Yellen e o desejo de realizar lucros após os recordes de alta recentes. O índice STOXX600 tem desvalorização de 0,32%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 perde 0,48%; em Paris o CAC40 recua 0,36% e em Frankfurt o DAX cai 0,23%. O euro sobe 0,16% frente ao dólar nesta manhã, sendo cotado a US$ 1,0524, contra US$ 1,0510 no fim da tarde de ontem.

O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em abril, sobe 0,11%, com o barril sendo negociado ao preço de US$ 52,67, esboçando ligeira reação frente à queda de ontem. Demais commodities operam em baixa: índice geral de commodity da Bloomberg perde 0,10%, com destaque para metais básicos -1,83%; agrícolas -0,64% e metais preciosos -1,91%.

A Bovespa deve acompanhar os movimentos das bolsas americanas, operando sem tendência clara, enquanto se aguarda pelo pronunciamento da presidente do Fed. A expectativa de uma elevação iminente dos juros pode manter o movimento de alta do dólar ante ao real, influenciando a curva futura de juros, com os contratos longos sendo influenciados também pelos juros das Treasuries. No âmbito político, ajudando a agravar a aversão ao risco, as delações da Odebrecht causam desconforto ao governo Temer, ameaçando as chances de aprovação das reformas econômicas.

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