Hoje na Economia 03/05/2018

Edição 2004

03/05/2018

A decisão de política monetária do Fed, em seu encontro de ontem, não trouxe surpresas. Deixou as taxas básicas de juros estáveis como se esperava, reafirmou o bom dinamismo da economia americana, indicando que a inflação se aproxima da meta de 2%, mas não deu mostras que pretenda modificar seu plano de voo de elevar o juro básico três vezes neste ano.

Enquanto se aguarda pelo relatório sobre mercado de trabalho (payroll) que será divulgado amanhã, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,950% ao ano nesta manhã, contra 2,976% no fim da tarde de ontem. O dólar perdeu força diante da cesta de moedas, com o índice DXY situando-se em 92,39 pontos, com queda de 0,13%. Os mercados de ações operam em alta, com as atenções voltadas para os balanços corporativos e as negociações sobre o conflito comercial entre EUA e China. No momento, o índice futuro do Dow Jones sobe 0,23%; do S&P 500 avança 0,24%; do Nasdaq ganha 0,20%.

Na Ásia, mercados fecharam sem direção única, repercutindo a decisão de política monetária do Fed e de olho nas negociações comerciais entre China e EUA. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,5%. A bolsa de Tóquio permaneceu fechada por conta de feriado local. O dólar é negociado a 109,51 ienes, recuando ante a cotação de 109,90 de ontem à tarde. Na China, há certo otimismo em relação às negociações comerciais com os EUA, refletindo em valorização de 0,64% do índice Xangai Composto. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,34%, não conseguindo acompanhar o bom humor da China continental. Na Coreia do Sul, o índice Kospi da bolsa de Seul caiu 0,73%; em Taiwan, o índice Taiex fechou em baixa de 0,99%.

Na Europa, as mesmas motivações que predominaram nas operações na Ásia levaram as bolsas europeias a iniciarem os trabalhos em baixa, nesta quinta-feira. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,28%, no momento. Em Londres, o FTSE100 tem queda marginal de 0,05%; em Paris, o CAC40 perde 0,27%; em Frankfurt, o DAX cai 0,29%. A inflação ao consumidor da zona do euro subiu 1,2% na comparação anual de abril, recuando ante a inflação de 1,3% registrada em março, bem como vindo abaixo das projeções dos analistas (1,4%), O euro opera em US$ 1,1985, acima do valor de US$ 1,1949 de ontem à tarde.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta moderada, nesta manhã. O futuro do petróleo tipo WTI com entrega para junho é negociado a US$ 68,21/barril, com alta de 0,41%.

No mercado doméstico, expectativa em relação ao comportamento do câmbio, uma vez que o Banco Central anunciou a oferta de swap cambial, em volume superior ao dos vencimentos de junho, objetivando conter a volatilidade do dólar, que ontem chegou a ser negociado a R$ 3,55. Na agenda, podendo afetar os vértices curtos da curva de juros futuros, o IBGE divulga a produção industrial de março, que deve ter subido 0,5% em relação a fevereiro e 3,0% diante de igual mês do ano passado, segundo o consenso do mercado.