Hoje na Economia 03/05/2019

Hoje na Economia 03/05/2019

Edição 2246

03/05/2019

Investidores tocam os negócios, nesta manhã, com certo otimismo, motivados por balanços corporativos positivos atenuando temores sobre a saúde da economia global, enquanto aguardam os dados sobre o mercado de trabalho nos EUA. O dólar encontra-se em ligeira alta em relação às principais moedas; os juros dos T-Bonds sobem, enquanto commodities operam sem tendência clara.

Segundo o consenso do mercado, o relatório de emprego deve mostrar a criação de 190 mil novos postos de trabalho em abril, ligeiramente abaixo do volume de 196 mil postos criados no mês de março. A taxa de desemprego deve permanecer em 3,8%.

O yield da Treasury de 10 anos sobe 0,64% no momento, situando-se em 2,559% ao ano, enquanto o índice DXY, que avalia o comportamento do dólar frente a uma cesta de moedas, avança 0,12%, a 97,95 pontos, no momento. Os futuros dos índices de ações Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam com altas de 0,28%, 0,33% e 0,53%, respectivamente, apontando para uma abertura em alta, após fechamento em baixa no pregão de ontem diante de relatos indicando que as negociações comerciais entre EUA e China encontram-se em um impasse.

Na Ásia, as bolsas continuaram operando com baixa liquidez, por conta dos mercados do Japão e China, que permanecem fechados devido a feriado. Entre as praças que operaram, Hong Kong registrou alta, tendo o índice Hang Seng subido 0,46%, com destaque para as ações do HSBC, que divulgou balanço com resultados acima do esperado pelos analistas. Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 0,74%, com pressões baixistas oriundas de ações da Samsung e empresas farmacêuticas. Em Taiwan, o índice Taiex fechou com ganho de 0,83%. No mercado de divisas, o dólar é negociado a 111,4 8 ienes, com pequena perda ante a cotação de ontem à tarde (111,52 ienes).

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, avança 0,36%, impulsionado pelos resultados favoráveis apresentados por balanços do sistema financeiro, com destaque para os bancos HSBC e Société Générale. Nas principais praças da região, bolsas operam com ganhos expressivos: Londres +0,72%; Paris +0,23%; Frankfurt +0,35%. Foram divulgados, nesta manhã, dados sobre a inflação da zona do euro. Os preços ao consumidor (CPI) subiram 1,7% em abril, na comparação anual, acima da projeção de 1,6% esperada pelos analistas. Já o índice preços ao produtor (PPI) subiu para 2,9% em março, em bases anuais (consenso: 3,0%). No mercado de câmbio, o euro é cotado a US$ 1,1156 ante US$ 1,1179 do fim da tarde de ontem.

Os contratos futuros de petróleo permanecem em queda, com investidores preocupados com o risco de um excesso de oferta e consequente desequilíbrio nos mercados da commodity. O petróleo tipo WTI para junho opera em baixa de 0,45% a US$ 61,54/barril, nesta manhã.

No mercado doméstico, o IBGE divulga (às 9hs) os números da produção industrial em março. Segundo o consenso do mercado captado pela Bloomberg, a produção recuou 0,6% na comparação com fevereiro dessazonalizada e caiu 4,8% diante do produzido em igual mês de 2018. Esse resultado, reafirmando a anemia da economia, deve estimular apostas no mercado de juros futuros de possíveis cortes na Selic ainda neste ano.

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