Hoje na Economia 03/06/2013

Edição 799

03/06/2013

Temores sobre as possibilidades de o Fed reduzir o programa de compra de ativos nos próximos meses tomam conta dos investidores, empurrando-os para refúgios em ativos de menor risco, nesta segunda-feira.

Na Europa, apesar dos indicadores PMI-manufatura da região mostrarem uma contração menor em maio, os mercados operam em baixa, comandados pelas especulações de iminente interrupção do QE3 pelo Fed. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, prossegue em queda pelo segundo dia consecutivo, registrando variação -0,45%, nesta manhã. A bolsa de Londres perde 0,42%, enquanto Paris e Frankfurt operam com baixas de 0,52% e 0,66%, respectivamente. O euro beneficiou-se dos PMIs da Alemanha e França, que vieram acima do que era esperado pelos analistas, mantendo a cotação em torno de US$ 1,3019 nesta manhã, próxima daquela observada na sexta-feira à tarde.

Nos Estados Unidos, a agenda contempla a divulgação do ISM-manufatura de maio, que deverá se manter no mesmo patamar de abril (50,7). Os futuros dos índices S&P e D&J registram altas de 0,26% e 0,36%, respectivamente, no momento. O dólar recua frente ás principais moedas (dólar index: -0,34%), enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,160% ao ano.

Na Ásia, pesou a decepção com os PMIs divulgados na China. Na sexta-feira, o índice dos gerentes de compras oficial do setor industrial chinês subiu a 50,8 em maio (50,6 em abril). Ontem, foi divulgado o PMI/HSBC, cujo índice recuou de 50,4 em abril para 49,2 em maio, indicando contração da atividade manufatureira chinesa. A bolsa de Hong Kong, que iniciou em alta por conta do dado oficial, fechou em baixa de 0,49%, após o dado divulgado pelo HSBC. Em Xangai, a bolsa local fechou estável. No Japão, o índice Nikkei fechou com queda de 3,72%, acumulando perdas de 17%, desde que começou a onda de vendas em 23 de maio último. A moeda japonesa é negociada a ¥ 100,30/US$ contra 100,48 ienes por dólar de sexta-feira à tarde.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 92,13/barril, operando em ligeira alta neste momento. Demais commodities também operam em alta: metais sobem 1,18%. Agrícolas +0,78% e metais preciosos +0,25%.

A Bovespa continuará presa ao movimento de baixa apresentado pelas bolsas internacionais, refletindo preocupações com possíveis mudanças na política monetária americana. Hoje o dólar recua frente ás principais moedas, movimento que poderá favorecer o real, impedindo que busque testar o novo teto, representado por R$ 2,15/US$. No mercado de DIs futuros, o comportamento dos juros longos americanos continuará sendo o principal "driver", mantendo elevada a volatilidade, principalmente nos vértices mais longos da curva de juros.

Superintendência de Economia
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