Hoje na Economia 03/06/2014

Hoje na Economia 03/06/2014

Edição 1042

03/06/2014

O foco principal, nesta manhã, recai sobre o mercado de juros e câmbio, com reflexos negativos sobre os mercados de ações globais. O yield pago pela T-Bond de 10 anos voltou a superar 2,50% ao ano (2,56%, neste momento) após se situar, em abril e maio, nos menores patamares do último ano. Esse movimento reflete a expectativa de que as informações sobre o mercado de trabalho americano, a serem conhecidas nos próximos dias, reforçarão a imagem de uma economia que cresce com consistência, ainda que de forma moderada.

No mercado de câmbio, o dólar mantém sua trajetória de valorização frente às principais moedas, principalmente ante ao euro. A inflação na zona do euro acumulou alta de apenas 0,5% nos últimos doze meses findos em maio, contra 0,7% em abril e abaixo das projeções dos analistas. O crescente risco de deflação deverá levar o BCE a adotar medidas de flexibilização monetária na reunião de política monetária, nesta quinta-feira. O euro após recuar para US$ 1,3598 durante a sessão asiática, subiu para US$ 1,3609, nesta manhã.

No mercado de ações, o índice STOXX600 perde 0,29% no momento, enquanto Londres recua 0,36% e Paris e Frankfurt perdem 0,08% e 0,22%, respectivamente. Os índices futuros das principais bolsas americanas, S&P e D&J operam no vermelho: -0,15% e -0,10%, respectivamente.

Na Ásia, a maioria dos mercados operou em alta, estimulados pelo índice PMI/HSBC final de maio, que ficou em 49,4 (48,1 em abril), melhorando ante a primeira divulgação (49,7). O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com alta 0,5%. Destaque para a bolsa de Tókio, onde o Nikkei apurou ganho de 0,66%, com investidores animados ante a disposição dos fundos de pensão de ampliar a exposição no mercado de ações. O iene é cotado a ¥102,41/US$, patamar em que se situa desde o final da tarde de ontem. Na China, após operar a maior parte da sessão em alta, o índice da bolsa de Xangai fechou com discreta queda (-0,04%), refletindo a realização de lucros em cima de ações de empresas relacionadas ao mercado imobiliário. Em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou ganho de 0,91%.

Os contratos futuros de petróleo estão operando em queda desde a sessão asiática com investidores à espera dos dados semanais de estoque dos Estados Unidos que serão divulgados hoje (API) e manhã (DoE). O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 102,29/barril, com queda de 0,20%, no momento.

O PMI/HSBC de maio, divulgado hoje na China, confirmou a estabilização do crescimento da economia, devendo sustentar a expansão do PIB próximo da meta oficial de 7,5%. Esse dado pode favorecer a Bovespa, acompanhando os reflexos positivos sobre a Vale. No mercado de câmbio, a valorização global da moeda americana levou o Banco Central a elevar a rolagem de swaps cambiais para conter o rali do dólar ante ao real. No mercado de juros, os vértices curtos da curva a termo devem mostrar fracas flutuações com investidor à espera da ata do Copom, nesta quinta feira. Os DIs longos devem ficar pressionados acompanhando a alta dos juros americanos.

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