Hoje na Economia 03/06/2016

Hoje na Economia 03/06/2016

Edição 1530

03/06/2016

Investidores tocam os negócios, nesta manhã, com certo otimismo enquanto aguardam os dados sobre o mercado de trabalho nos EUA. O dólar encontra-se estável em relação às principais moedas; os juros dos T-Bonds recuam, enquanto commodities operam em alta, com os investidores assimilando a possibilidade de elevação dos juros americanos em junho ou julho.

Segundo o consenso do mercado, o relatório de emprego deve mostrar a criação de 160 mil novos postos de trabalho em maio, mesmo volume criado no mês anterior. A taxa de desemprego deve recuar de 5,0% para 4,9% com o novo dado.

O yield da Treasury de 10 anos recua 0,10% no momento, situando-se em 1,797% ao ano, enquanto o índice DXY, que avalia o comportamento do dólar frente a uma cesta de moedas, não mostra uma tendência clara. O futuro do índice de ações S&P 500 flutua em torno da estabilidade.

Na Ásia, a alta das commodities, principalmente do petróleo (tipo Brent) que voltou a ser negociado acima dos US$ 50/barril, estimulou os mercados de ações da região. Ainda assim, o índice MSCI Asia Pacific fechou com modesta valorização (0,3%), refletindo a precaução dos investidores em relação aos dados de emprego que serão divulgados nos EUA. Na China, expectativas de que os dados reforcem o cenário de recuperação da economia americana favoreceram as bolsas locais: o índice Xangai Composto apurou ganho de 0,46%; o índice Hang Seng de Hong Kong avançou 0,42%, nesta sexta-feira. No Japão, apesar da continuidade da valorização do iene contra o dólar, os investidores foram às compras, aproveitando os preços mais baixos das ações após dois dias de quedas, levando o índice Nikkei a apurar valorização de 0,48%. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 109,00 ienes, no momento, contra 108,82 ienes no final da tarde de ontem.

Na Europa, o índice de ações STOXX600 opera em alta de 0,50%, enquanto Londres sobe 0,95%; o mercado de ações de Paris avança 0,43%; em Frankfurt o índice de ações DAX tem valorização de 0,49%. O euro é cotado a US$ 1,1141, ligeiramente abaixo do valor de US$ 1,1155 no fim da tarde de ontem.

No mercado de commodities, o índice Bloomberg de Commodity sobe 0,3%, atingindo o maior patamar dos últimos sete meses. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 49,21/barril, com valorização de 0,10%, impulsionado pela queda nos estoques americanos de petróleo.

O mercado doméstico de juros futuros e o mercado de câmbio acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA para definir uma tendência para hoje, diante de uma agenda econômica esvaziada. No front político, o mercado não se importou muito com o pacote de ajuste dos salários do funcionalismo público na contramão do discurso de austeridade fiscal. Preferiu focar no que interpretou como "habilidade política" do novo governo, como um sinal que conta com ampla base de apoio parlamentar para fazer aprovar futuras medidas de ajuste das contas públicas.

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