Hoje na Economia – 03/07/2019

Hoje na Economia – 03/07/2019

Edição 2288

03/07/2019

Expectativas em torno de uma postura mais estimulativa (dovish) por parte dos dois principais bancos centrais do mundo, impulsionam os mercados, levando os juros dos bônus soberanos para patamares historicamente baixos e sustentando a alta das bolsas europeias e futuros americanos. Christine Lagarde, hoje no FMI, que deverá substituir Mario Draghi na presidência do Banco Central Europeu (BCE), é vista como favorável a manutenção de políticas estimulativas. Nos EUA, Trump deverá nomear novos membros do Fed – Christopher Walter e Judy Shelton – ambos favoráveis a juros mais baixos.

O juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 1,9515% ao ano, recuando 1,14% no momento. Trata-se do menor patamar alcançado desde novembro de 2016. Bolsa americana deve abrir em alta, nesta véspera do feriado de 4 de julho. Os futuros dos principais índices de ações apontam para abertura firme: Dow Jones +0,19%; S&P 500 +0,23%; Nasdaq +0,35%. Hoje, será divulgada a criação de empregos pelo setor privado (pesquisa ADP) em junho. Pelo consenso do mercado, deve trazer a criação líquida de 140 mil vagas (27 mil em maio).

Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa generalizada nesta quarta-feira, à medida que preocupações sobre a perspectiva do comércio global e um novo indicador de atividade chinês pesaram sobre o sentimento do investidor. Na China, o índice Xangai Composto caiu 0,94%. Pesquisa IHS Markit mostrou que o setor de serviços da China se expandiu em junho em ritmo mais fraco em quatro meses, em que pese às medidas de estímulos adotadas pelo governo. Em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa marginal de 0,07%. Em Tóquio, o Nikkei recuou 0,53%, por conta do enfraquecimento do dólar diante da moeda japonesa. Nesta manhã, o dólar é cotado a 107,69 ienes contra 107,92 ienes de ontem à tarde. O sul-coreano Kospi caiu 1,23% em Seul, perdendo pelo quarto pregão consecutivo após o governo reduzir as projeções econômicas para este ano. Em Taiwan, o Taiex apresentou queda de 1,12%.

Na Europa, a escolha de Christine Lagarde para substituir Mario Draghi no comando do BCE anima as bolsas da região. Neste momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,81%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,69%; o CAC40 avança 0,74% em Paris; o DAX tem alta 0,79% em Frankfurt. O euro troca de mão a US$ 1,1288, pouco abaixo de US$ 1,1290 de ontem à tarde.

Os futuros de petróleo operam em alta nesta manhã. A pesquisa da American Petroleum Institute (API) mostrou redução expressiva nos estoques americanos da commodity, dado que deve ser confirmado pelo relatório oficial elaborado pelo Departamento de Energia (DoE) a ser divulgado hoje à tarde. Neste momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para agosto é negociado a US$ 56,64/barril, com alta de 0,70%.

A Bovespa deve acompanhar a tendência ditada pelas principais bolsas internacionais, abrir em alta surfando o ambiente favorável aos ativos de risco por conta da expectativa de manutenção de juros internacionais em patamares historicamente baixos. O câmbio e juros futuros devem aguardar pela divulgação dos dados de emprego privado nos EUA para uma definição de tendência. Ventos negativos sopram do ambiente político doméstico. As incertezas que cercam a votação do relatório sobre a PEC da Previdência na comissão especial, que na ausência de acordo entre os partidos pode atrasar o andamento da reforma, podem azedar o humor dos investidores.

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