Hoje na Economia 03/08/2015

Hoje na Economia 03/08/2015

Edição 1328

03/08/2015

Mercados abrem os negócios, nesta manhã, digerindo os fracos resultados sobre atividade industrial divulgados na China. O índice oficial dos gerentes de compras da indústria (PMI manufatura) cedeu para 50,0 em julho, de 50,2 no mês anterior. O mesmo indicador medido por Caixin (ex HSBC) mostra uma desaceleração mais acentuada: 47,8 em julho contra 49,4 em junho. Ambos os dados vieram abaixo das expectativas do mercado, acentuando temores de que o governo chinês não conseguirá evitar uma desaceleração mais abrupta da economia da China.

Bolsas na Ásia fecharam em baixa, com o índice MSCI Asia Pacific recuando 0,3%. Influenciada pelo pior desempenho captado pelo indicador PMI desde 2009, a bolsa de Xangai fechou com queda de 1,11%, enquanto o índice Hang Seng recuou 0,91%. Em Tókio, bolsa local também encerrou o dia em queda. O índice Nikkei apurou desvalorização de 0,18%, influenciado pelo anúncio de fracos resultados empresariais, além dos dados industriais aquém do esperado divulgados na China. No mercado de moedas, a divisa americana é negociada a 124,17 ienes, não muito distante do valor de fechamento da sexta-feira.

Na Europa, a maioria dos mercados opera em alta, refletindo não só os bons resultados corporativos, como os índices finais dos gerentes de compras (PMIs), divulgados nesta manhã, que mostraram ritmo de expansão econômica maior do que o esperado pelo mercado. O índice STOXX600 registra ganho de 0,54%, no momento, enquanto Londres opera estável; Paris sobe 0,38% e Frankfurt avança 0,54%. O euro é cotado a US$ 1,0963, com queda de 0,20% ante a moeda americana.

Nos Estados Unidos, o futuro do índice de ações S&P 500 opera com discreta queda (-0,09%), enquanto o dólar mostra-se estável frente às principais moedas e o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,196% ao ano. A agenda econômica americana traz importantes indicadores, com destaque para a renda e gastos pessoais que devem ter subido 0,3% e 0,2%, respectivamente, em junho vis-à-vis ao mês anterior. O núcleo do PCE, indicador de inflação preferido do Fed – deve registrar alta de 0,2% nos últimos doze meses terminados em junho.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 46,41/barril, com queda de 1,46%, refletindo a disposição do Iran em normalizar sua produção nos próximos dias. Demais commodities, também operam no vermelho, acompanhando os fracos dados na China, O índice total de commodities recua 0,94%, enquanto metais básicos -0,83% e agrícolas -0,58%.

Os sinais negativos oriundos da China, derrubando as commodities, e o retorno das atividades no Congresso, deixando em dúvida a capacidade do governo de avançar com os ajustes, devem manter a volatilidade e nervosismo nos mercados domésticos. Sem perspectivas de alguma melhora no horizonte político e econômico a curto prazo, os ativos devem continuar voláteis e com viés negativo.

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