Hoje na Economia – 03/08/2020

Hoje na Economia – 03/08/2020

As bolsas sobem na Europa e em outras partes da Ásia na esteira da divulgação de indicadores mostrando a retomada firme da economia, se aproximando dos momentos pré-pandemia. O apetite ao risco, no entanto, permanece contido diante de uma possível segunda onda de infecção por coronavírus em diversas partes do mundo. A cautela também se justifica pelas tensões entre EUA e China, bem como diante das dificuldades de se aprovar um novo pacote de ajuda à economia americana.

A maioria das bolsas da Ásia fechou em alta, nesta segunda-feira. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,30%. Ações do setor de tecnologia sustentaram a valorização nas praças chinesa e japonesa, auxiliadas também por indicador positivo da indústria da China. A bolsa de Xangai fechou a sessão com alta de 1,75%, com destaque para as ações de computação, eletrônicos e telecomunicações. Favoreceu também o índice de gerente de compras (PMI) da indústria chinesa que subiu de 51,2 em junho para 52,8 em julho, segundo IHS/Markit, reforçando o cenário de forte recuperação da economia chinesa. No Japão, o índice Nikkei fechou com ganho de 2,24%, com destaque para papeis dos setores de games e e-commerce. Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve valorização marginal de 0,07% em Seul. Na contramão da tendência da região, o Hang Seng fechou com queda de 0,56% em Hong Kong. No mercado de moedas, a dólar é cotado a 105,74 ienes, contra 105,94 ienes do final de sexta-feira.

Na Europa, após uma abertura titubeante, as bolsas locais se fortaleceram, com a divulgação de dados melhores do que o esperado da indústria da zona do euro e da Alemanha, revelados pela IHS/Markit. O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria da zona do euro avançou de 47,4 em junho a 51,8 em julho, superando as projeções do mercado (51,1). O euro reduziu as perdas frente ao dólar após da divulgação dos indicadores. No momento, é negociado a US$ 1,1756 com queda de 0,18%. No mercado de ações, o índice STOXX600 opera com alta de 0,50%. Em Paris, o CAC40 avança 0,36%, enquanto o DAX se valoriza 1,30% em Frankfurt. Em Londres, o FTSE100 registra queda de 0,07%.

No mercado americano, os futuros das bolsas de Nova York operam sem direcional único. Investidores monitoram as negociações em torno do novo pacote de estímulos no Congresso, além de balanços corporativos, bem como as ondas de contaminações por covid-19 em diversos estados e seus reflexos sobre a atividade econômica. O índice futuro do Dow Jones recua 0,12%; S&P 500 opera com discreta alta de 0,03%; Nasdaq sobe 0,47%, no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe um ponto base para 0,54% ao ano. O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta de moedas fortes, situa-se em 93,45 pontos, com alta de 0,11%, captando a valorização diante da moeda japonesa e estabilidade frente ao euro. Na agenda, será divulgado o ISM-manufatura de julho, que deverá ficar em 53,5, segundo as estimativas dos analistas de mercado.

No mercado de petróleo, os contrato futuros operam em baixa, diante da possibilidade de a Opep+ reduzir sua produção em 2 milhões de barris, na expectativa de retomada gradual da demanda global. No momento, o contrato futuro do WTI, para setembro, é negociado a US$ 39,74/barril, com queda de 1,34%.

No mercado brasileiro, a Bovespa deve encontrar dificuldades para continuar em seu avanço para superar a barreira dos 105 mil pontos. O quadro externo não se mostra muito amigável, existindo poucos eventos domésticos que possam alimentar o apetite dos investidores. A taxa de câmbio deve ficar oscilando em torno de R$ 5,20/US$, enquanto a curva de DIs fica à espera da reunião do Copom, na quarta-feira, sob aposta majoritária de corte residual da Selic.

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