Hoje na Economia – 03/08/2021

Hoje na Economia – 03/08/2021

Mercados financeiros operam sem direção única, com quedas em importantes bolsas asiáticas, causadas pelo aumento de casos da variante Delta de Covid-19 e possibilidade de mais intervenções do governo chinês em empresas, porém também altas nas bolsas ocidentais, devido a resultados corporativos bons.

Na Ásia o índice regional MSCI Asia Pacific caiu -0,5%, com quedas de -0,5% no Nikkei225 de Tóquio, -0,16% no Hang Seng de Hong Kong e -0,47% na bolsa de Xangai. Por outro lado, houve alta de 0,44% no KOSPI de Seul. Há rumores de que o governo chinês deve intervir em empresas do setor de jogos online, o que fez diversas ações de tecnologia caírem na China e no Japão. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,14%, cotado a ¥/US$ 109,16.

Na Europa, as bolsas operam todas em alta, com o índice regional STOXX600 subindo 0,35%. Há avanços de 0,41% no FTSE100 de Londres, 0,92% no CAC40 de Paris e 0,17% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando 0,16%, cotado a US$/€ 1,1889. A inflação ao produtor de junho foi divulgada na Zona do Euro, ficando em linha com expectativas (1,4% M/M e 10,2% A/A).

Nos EUA, os índices futuros de ações estão subindo, com altas de 0,45% no Dow Jones, 0,35% no S&P500 e 0,14% no NASDAQ, recuperando-se da pequena queda vista ontem. O dólar está perdendo valor contra quase todas as moedas, com o índice DXY caindo -0,12%. Os juros futuros, por sua vez, estão subindo, se recuperando parcialmente da queda vista na segunda-feira, com yield da Treasury de 10 anos a 1,1938% a.a., contra 1,178% na segunda-feira e 1,224% na sexta-feira. Hoje sairão dados de encomendas à indústria, com expectativa de desaceleração de 1,7% M/M para 1,0% M/M em junho. As vendas de veículos também devem desacelerar, passando de 15,36 milhões em junho para 15,25 milhões em julho (dados anualizados).

Os preços de commodities operam sem direção única, com ligeira queda no índice geral da Bloomberg (-0,10%). Há recuos de -0,28% no cobre, -0,16% no níquel, -0,44% no ouro, -0,45% no milho e -0,34% no trigo. Por outro lado, há alta de 1,87% no ferro e 0,51% no petróleo tipo WTI, negociado a US$ 71,62/barril.

No Brasil, o IPC-FIPE de julho ficou acima das expectativas (1,02% contra 0,94%). Hoje será divulgada a produção industrial de junho, com expectativa de crescimento de 0,2% M/M, contra 1,4% M/M do mês anterior. As vendas de veículos da Fenabrave também serão divulgadas, referentes a julho. O noticiário político segue volátil, com indicações de que o aumento do programa social (Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família) será maior do que anunciado previamente, em torno de R$ 400 contra R$ 300 de rumores iniciais, indo contra indicações do Ministério da Economia. Os maiores gastos seriam financiados com mudanças mais ousadas em relação ao pagamento de precatórios, que não apenas evitariam a alta imposta pelo STF de surpresa para 2022 como poderiam reduzir os gastos em relação ao valor pago em 2021. Alguns membros do governo tentaram diminuir os efeitos desses rumores no mercado, enfatizando o compromisso com o teto de gastos. Hoje a bolsa brasileira deve ter alta, acompanhando o mercado global, e o real deve se valorizar diante do dólar. Os juros futuros podem ter alta, com preocupações ainda em relação à situação fiscal e dados de inflação e atividade ainda altos.

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