Hoje na Economia – 03/09/2021

Hoje na Economia – 03/09/2021

O foco estará voltado para os Estados Unidos, nesta sexta-feira, onde será divulgado o relatório de emprego referente a agosto. A expectativa é que os dados permitam uma leitura mais apurada sobre a força da economia americana, o que ajudaria a moldar as apostas sobre o momento em que o Fed iniciará a redução gradual (tapering) das compras de ativos, hoje em US$ 120 bilhões/mês. Segundo o consenso, a economia americana deve ter criado 725 mil novas vagas em agosto, moderando o ritmo em relação ao mês anterior (943 mil em julho), mas mais forte do que o observado no início deste ano. A taxa de desemprego deve recuar de 5,4% para 5,2% com o dado de agosto.

O yield da Treasury de 10 anos sobe um ponto base para 1,30% ao ano, enquanto o índice DXY, que avalia o comportamento do dólar frente a uma cesta de moedas, permanece estável, após o recuo observado no pregão de ontem. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta marginal, nesta manhã, sugerindo que os mercados à vista irão manter o viés positivo após registrar, ontem, mais um pregão de recordes. Os futuros dos índices de ações Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam com altas discretas de 0,15%, 0,17% e 0,11%, respectivamente.

Na Ásia, as bolsas fecharam no azul pelo sexto pregão consecutivo, lideradas pelo rali nas ações dos gigantes de tecnologia. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, apurou ganho de 0,60%, nesta sexta-feira. No Japão, o índice Nikkei registrou alta de 2,05% em Tóquio. O anúncio feito pelo primeiro-ministro Yoshihide Suga, que deverá renunciar em breve, estimulou o apetite ao risco dos investidores, ao imaginar que o sucessor deverá estimular a economia japonesa. Na China, o índice Xangai Composto caiu 0,43% na sessão de hoje, enquanto o Hang Seng recuava 0,72% em Hong Kong. O índice dos gerentes de compras (PMI) composto da economia chinesa, apurado pela IHS Markit/Caixin , caiu de 53,1 em julho para 47,2 em agosto, apontando contração da atividade pela primeira vez desde abril de 2020. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,79% em Seul, enquanto o Taiex teve ganho de 1,0% em Taiwan. A moeda americana é negociada a 109,97 ienes, permanecendo no mesmo patamar de ontem à tarde.

Os mercados acionários europeu iniciaram o dia em alta, tentando acompanhar a tendência otimista ditada pelas bolsas asiáticas. No entanto, indicadores de atividade abaixo do esperado mudaram o humor dos investidores. O índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços caiu de 59,6 em junho para 55 em agosto, ficando abaixo da prévia e das projeções dos analistas. As vendas no varejo da zona do euro sofreram queda de 2,3% em julho ante junho, ficando abaixo da estimativa do mercado (+0,2%). O índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe queda marginal de 0,09%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,13%; em Paris, o CAC40 recua 0,33%; em Frankfurt, o DAX tem alta modesta de 0,03%. O euro é negociado a US$ 1,1872, recuando ante o valor de US$ 1,1876 de ontem à tarde.

O contrato futuro do petróleo tipo WTI para outubro opera em torno do valor de US$ 70,0/barril, nesta manhã. Os investidores apostam que o aumento na produção pretendido pela Opep+ será facilmente absorvido pelo avanço da demanda nos próximos meses.

Os mercados domésticos acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA para definir uma tendência para hoje, principalmente para o dólar e juros futuros. A Bovespa, após a forte queda de ontem, pode buscar uma reação acompanhando os futuros das bolsas de Nova York. Na agenda, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto fala em evento às 9hs, enquanto o ministro Paulo Guedes faz uma aparição às 18hs em evento no Tribunal de Contas.

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