Hoje na Economia 03/10/2017

Edição 1864

03/10/2017

Investidores mantém o otimismo decorrente da percepção de que a economia americana ganha força, justificando novas altas de juros, mas moderam o apetite por ativos de risco, em um dia de ajustes técnicos.

As bolsas asiáticas encerraram os negócios desta terça-feira em alta, seguindo o tom positivo dos mercados de Nova York, que ontem fecharam em níveis recordes após os fortes dados da indústria manufatureira dos EUA. Na bolsa de Tóquio, o enfraquecimento do iene frente ao dólar impulsionou as ações das exportadoras, levando o Nikkei a encerrar o pregão com alta de 1,05%. O dólar é cotado a 113,08 ienes, subindo em relação a 112,72 ienes de ontem à tarde. Na Austrália, o banco central manteve o seu juro básico estável em 1,5%, como era amplamente esperado pelo mercado. O índice de ações S&P/ASX da bolsa de Sydney fechou em queda de 0,49%. Em Hong Kong, após o feriado de ontem, o índice Hang Seng subiu 2,25%, maior alta em um dia desde maio de 2016. Mercados da China permanecem fechados.

As bolsas europeias operam sem direcional claro, ignorando os recordes das bolsas americanas de ontem e o bom desempenho das bolsas asiáticas no dia de hoje. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com queda marginal (-0,03%), nesta manhã. Em Londres, o índice de ações FTSE100 opera em torno da estabilidade; em Paris, o CAC40 sobe 0,22%; em Frankfurt, o DAX tem valorização de 0,58%. O euro sobe a US$ 1,1746 de US$ 1,1738 no fim da tarde de ontem.

O índice DXY, uma medida do dólar contra seis divisas, estabilizou em torno do patamar de 93,656, mantendo os ganhos recentes em relação às principais moedas. No mercado de títulos, o juro do T-Bond de 10 anos sobe a 2,361% ao ano de 2,341% no fim da tarde de ontem. Investidores parecem fazer uma parada para tomada de fôlego, após as fortes altas que seguiram à expectativa de novas elevações dos juros americanos, a provável nomeação de um dirigente mais conservador para presidir o Fed e dados mostrando que atividade industrial americana segue robusta. Nesta manhã, os futuros das principais bolsas americanas mostram alta moderada: Dow Jones +0,16%; S&P 500 +0,07%; Nasdaq +0,13%.

Os futuros de petróleo operam em leve baixa, refletindo a força do dólar e sinais de que a produção da Opep voltou a crescer no mês passado. O barril de petróleo tipo WTI para novembro é negociado a US$ 50,55, com queda marginal de 0,05%, no momento.

No mercado doméstico, o cenário político continua atraindo as atenções, ao colocar em cena o caso do senador Aécio Neves, que pode levar a um confronto entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF). Na agenda econômica, o IBGE divulga a produção industrial de agosto, que deve mostrar crescimento de 4,8% em relação a igual mês do ano passado, representando estabilidade na comparação com o mês de julho, pela série dessazonalizada.