Hoje na Economia 03/11/2014

Hoje na Economia 03/11/2014

Edição 1148

03/11/2014

Indicadores industriais divulgados na China reforçam o quadro de crescimento mundial desequilibrado, dependente dos Estados Unidos, o que favorece o dólar e derruba as cotações das commodities, notadamente do petróleo.

A China divulgou o PMI-manufatura oficial que ficou em 50,8 em outubro, contra 51,1 em setembro. O dado da Markit/HSBC manteve-se em 50,4, mesmo número divulgado na semana passada. Ambos reforçam a fraqueza da demanda interna chinesa e aumentam a percepção de um PIB mais fraco no quarto trimestre. O mercado de ações chinês ignorou esses dados: a bolsa de Xangai fechou o dia com alta de 0,41%, decorrente das expectativas positivas que cercam as reformas que o governo deve proceder no setor estatal produtivo. A bolsa de Hong Kong recuou 0,34%. No Japão, mercados fechados devido ao feriado. O dólar, no entanto, atingiu o maior nível diante do iene dos últimos sete anos. A moeda americana é negociada a 112,85 ienes contra 112,26 no final da tarde de sexta-feira.

A moeda europeia, por sua vez, encontra-se próxima do menor patamar dos últimos dois anos, em relação ao dólar. Nesta manhã, o euro é negociado a US$ 1,2490 contra US$ 1,2526 no fim da tarde de sexta-feira. As bolsas europeias operam em baixa moderada. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, flutua em torno da estabilidade, neste momento. Em Londres, bolsa local recua 0,15%; Paris perde 0,29% e Frankfurt cai 0,18%.

Nos EUA, os futuros das principais bolsas de ações também operam no vermelho, nesta manhã. O índice futuro do S&P recua 0,16%, enquanto o do D&J perde 0,21%, O dólar índex sobe 0,18%, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,30% ao ano. Na agenda, a divulgação do ISM-manufatura de outubro, que deverá marcar 56,2 (56,6 em setembro), espelhando o bom ritmo da atividade industrial americana.

No mercado de petróleo, a fraqueza da economia chinesa e o fortalecimento da moeda americana empurram os preços do petróleo para baixo. O produto tipo WTI é negociado a US$ 80,33/barril, com queda de 0,26%. Demais commodities também operam em baixa, com destaque para metais (-0,22%); agrícolas (-0,05%) e metais preciosos (-0,48%).

No Brasil, a Bovespa poderá operar no vermelho, refletindo os fracos dados industriais chineses e a queda nos preços das commodities. Mas o investidor ficará atento, também, aos rumores sobre o reajuste dos preços dos combustíveis, que poderá ser anunciado pela Petrobrás amanhã. No mercado de câmbio, o dólar deve abrir em alta frente ao real, acompanhando a tendência de fortalecimento global da moeda americana que prevalece nesta manhã. O mercado de juros futuros deve mostrar fracas oscilações à espera da ata do Copom na quinta-feira e o IPCA de outubro que será divulgado na sexta-feira.

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