Hoje na Economia – 03/12/2019

Hoje na Economia – 03/12/2019

A decisão do presidente Donald Trump de restabelecer tarifas sobre as importações de aço e alumínio do Brasil e Argentina reacendeu as tensões comerciais, empurrando os investidores para a defensiva, nesta terça-feira.

O clima de aversão ao risco faz com que o yield da Treasury de 10 anos recue 0,10% no momento, situando-se em 1,82% ao ano. O dólar segue estável. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar diante de uma cesta de seis moedas fortes, encontra-se em 97,80 pontos, com modesto recuo de 0,06%. Os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura moderada do mercado à vista. Nesta manhã, o índice futuro do Dow Jones tem alta discreta de 0,02%; S&P 500 avança modestos 0,06%; Nasdaq tem alta moderada de 0,05%.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam sem direção única, com investidores digerindo a nova escalada das tensões comerciais, que se seguiu após o anúncio do presidente Trump de impor tarifas ao aço e alumínio brasileiro e argentino. Essa decisão veio num momento em que EUA e China encontram dificuldades para superar divergências, dificultando chegar num acordo preliminar. No próximo dia 15, está prevista a entrada em vigor de um novo aumento de tarifas dos EUA sobre bens chineses. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,64% em Tóquio, pressionado por ações ligadas ao consumo. No mercado de moeda, o dólar se manteve estável, flutuando em torno do valor de 109,0 ienes. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,38% em Seul, enquanto o Hang Seng cedeu 0,20% em Hong Kong. Na China, as bolsas abriram os negócios no vermelho, se recuperando ao longo do pregão. O Xangai Composto fechou com ganho de 0,31%. Em Taiwan, o Taiex fechou com alta de 0,25%.

Na Europa, o presidente Trump ameaçou impor tarifas nas importações da França, por conta do imposto francês sobre empresas de tecnologia, que segundo Trump, discrimina empresas digitais americanas como Google, Apple, Facebook e Amazon. O presidente Trump ameaça impor tarifas sobre vinhos e outro produtos franceses. Em relação à União Europeia, Trump voltou a acusar o bloco de tratar os EUA de forma muito injusta no que diz respeito ao comércio. No mercado de ações, o índice STOXX600 opera com alta de 0,37%; em Londres o FTSE100 recua 0,57%; o CAC40 de Paris avança 0,13%; em Frankfurt, o DAX se valoriza 0,88%. O euro é negociado a US$ 1,1080 de US$ 1,1077 de ontem à tarde.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta moderada, nesta manhã, sustentado por especulações de que grandes produtores poderão ampliar os atuais cortes na oferta da commodity. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para janeiro, é cotado a US$ 56,33/barril, com alta de 0,66%.

Sem perder de vista os imbróglios envolvendo a guerra comercial travada pelo governo americano contra o mundo, os investidores acompanharão a divulgação do PIB do 3º trimestre, que poderá confirmar a tese de que a economia brasileira ingressou numa trajetória de recuperação. Às 9h, o IBGE divulga os números do PIB do 3º trimestre, que segundo as projeções do mercado, deve ter subido 0,4% em relação ao trimestre anterior, dessazonalizado, evoluindo 1% acima de igual período de 2018.

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