Hoje na Economia 04/01/2016

Hoje na Economia 04/01/2016

04/01/2016

Edição 1428

Temores sobre a perda de fôlego da economia da China e aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio alimentam a aversão ao risco no dia de hoje, privilegiando as Treasuries, o ouro e moedas consideradas porto seguro, como o iene japonês.

Na China, os indicadores dos gerentes de compras (PMI) de dezembro, mostram a continuidade da retração da atividade industrial, enquanto o setor de serviços permanece em moderada expansão. O índice CSI 300, o barômetro das 300 maiores empresas dos índices de Xangai e Shenzhen, recuou 7%, desencadeando a suspensão das negociações no primeiro dia de funcionamento do novo sistema, definido para coibir volatilidade excessiva. O índice Xangai Composto encerrou o dia com queda de 6,86%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong perdeu 2,68%. O aumento da aversão ao risco devido aos fracos dados econômicos chineses levou o índice Nikkei a fechar a sessão de hoje com queda de 3,06%. O dólar é cotado a 119,0 ienes, com a moeda japonesa ganhando 1,31% frente à americana.

As bolsas de ações europeias acompanharam as bolsas asiáticas na abertura dos negócios, em que pese os PMIs divulgados sobre a zona do euro confirmarem o avanço moderado da atividade econômica da região. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, registra queda de 2,21%, nesta manhã. Em Londres o FTSE100 recua 1,80%, em Paris o CAC40 perde 1,99%; em Frankfurt o DAX cai 3,27%. O euro é negociado a US$ 1,0927, com valorização de 0,64% diante do dólar.

O yield pago pela Treasury de 10 anos recua 1,80% no momento, situando-se em 2,23% ao ano, enquanto o dólar perder frente às principais moedas. O índice DXY encontra-se em 98,219 pontos, com queda de 0,47%, nesta manhã. O índice futuro da S&P 500 opera em baixa de 1,40%.

No mercado de petróleo, o conflito entre Arábia Saudita e Irã tem provocado forte volatilidade nas cotações. O produto tipo WTI é negociado a US$ 36,90/barril, com queda de 0,40% no momento. O índice Bloomberg de commodities registra perda de 0,75%, com destaque para o recuo nas cotações de metais básicos (-0,51%).

A forte aversão ao risco que toma conta da maioria dos mercados no dia de hoje deve também contaminar os principais ativos brasileiros. A esse quadro acrescente-se o instável ambiente político interno, onde o governo não encontra respaldo em sua base de apoio para avançar nos ajustes necessários para tirar o país da crise em que se encontra. O panorama para a Bovespa, tanto pela influência externa como pelo doméstico, deve permanecer pouco animador. A aversão ao risco deve manter o dólar pressionado, oscilando acima de US$ 3,90/US$, enquanto os DIs devem acompanhar o câmbio e sinais da política monetária, enquanto se espera pela próxima reunião do Copom, neste mês.

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