Hoje na Economia 04/02/2013

Hoje na Economia 04/02/2013

Edição 964

04/02/2013

Mais um dia em que a aversão ao risco deve comandar as decisões dos investidores. Temores de que a recuperação da economia americana perde fôlego e o enfraquecimento da economia chinesa, com impactos negativos sobre os emergentes em geral, levam a um reajustamento dos portfólios, privilegiando os considerados ativos seguros.

Neste sentido, aumenta a demanda por títulos governamentais americanos, ingleses, alemães e japoneses, cujos juros encontram-se nos mais baixos níveis dos últimos dois meses. O yield da Treasury americana de 10 anos encontra-se em 2,59% nesta manhã, ante 2,70% de ontem na abertura dos negócios. Devido a esse movimento defensivo, a moeda japonesa se fortaleceu frente as principais moedas, com o dólar chegando atingir 100,21 ienes na abertura da sessão asiática. No momento, a moeda americana é negociada a 101,35 ienes, com a moeda japonesa recuando 0,33%.

Os mercados acionários asiáticos fecharam em queda, influenciados pela fraca performance das bolsas americanas, em meio a temores de que a recuperação da economia americana terá vida curta. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão com perda de 2,6%. Grande responsável pelo mau resultado do índice regional foi a bolsa de Tókio, onde o índice Nikkei apurou queda de 4,18% no dia de hoje, elevando as perdas acumuladas no ano para 14%.

Na Europa, as bolsas recuam pelo terceiro dia consecutivo. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, perde 0,49% no momento, com as principais praças também operando no vermelho: Londres -0,40%; Paris -0,26% e Frankfurt -0,86%. O euro é negociado a US$ 1,3510 contra US$ 1,3531 observado ontem à tarde.

Operando na contramão da maioria das bolsas internacionais, os índices futuros S&P e D&J parecem prenunciar um dia de recuperação para o mercado acionário norte-americano. De fato, esses índices registram ganhos de 0,44% e 0,31%, respectivamente, no momento. Na agenda, os pedidos de fábrica de dezembro (consenso: -1,8%) e o indicador de atividade de Nova York serão importantes para que a tendência apontada pelos futuros de ações se confirme ao longo do dia.

No mercado de petróleo, o produto WTI é negociado a US$ 96,89/barril, com alta de 0,48% no momento. Demais commodities também registram avanços, nesta manhã. O índice total sobe 0,23%, com destaque para metais +0,53% e agrícolas +0,06%.

Com os investidores se afastando dos ativos dos mercados emergentes e diante do movimento global de aversão ao risco, a Bovespa tem poucas chances de mostrar alguma recuperação. Na agenda doméstica, será divulgada a produção industrial de dezembro (consenso -1,7% M/M e -0,1% A/A). Esse dado, no entanto, não deverá sensibilizar o Copom para relaxar a política monetária, em um cenário em que a desvalorização do câmbio adiciona mais lenha na fogueira inflacionária.

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