Hoje na Economia 04/03/2015

Hoje na Economia 04/03/2015

Edição 1225

04/03/2015

No front internacional, o foco hoje estará sobre a economia americana. Será divulgado o Livro Bege, avaliação conjuntural elaborada pelos Feds regionais. Espera-se por novas informações sobre a evolução dos preços e salários, permitindo avaliar os impactos da recuperação do emprego e a queda nos preços da energia sobre inflação e rendimentos. Será conhecida também a pesquisa sobre a folha de pagamento privada em fevereiro, elaborada pelo Instituto ADP, que deverá mostrar a criação de 219 mil empregos no mês (213 mil em janeiro).

No momento, os futuros dos principais índices de ações S&P e D&J operam em queda, registrando -0,32% e -0,28%, respectivamente. O dólar avança frente às principais moedas diante da expectativa que os dados da ADP confirmem o fortalecimento do mercado de trabalho, levando o juro pago pelo T-Bond de 10 anos apara 2,122% ao ano.

Na Europa, investidores aguardam por maiores informações sobre o programa de compra de ativos anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE), que deverão ser dadas na reunião de política monetária amanhã. O euro opera em um dos menores níveis dos últimos anos, sendo negociado a US$ 1,1124 contra US$ 1,1176 no fim da tarde de ontem. Os mercados de ações operam com discretas variações. O índice STOXX600 opera estável no momento, enquanto Londres recua 0,18%; Paris sobe +0,27% e Frankfurt perde 0,17%.

Na Ásia, mercados operaram em direções distintas. A bolsa de Tókio fechou em baixa – índice Nikkei recuou 0,59% no pregão de hoje – motivada pelo sentimento de superaquecimento do mercado japonês, propiciando oportunidade para realização de lucros. A moeda americana é cotada a 119,64 ienes contra 119,72 ienes no final da tarde de ontem. Na China, o índice Xangai Composto apurou alta de 0,51%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong perdeu 0,96%. O índice Kospi da bolsa de Seul fechou com queda de 0,15%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 50,79/barril, com valorização de 0,51%. Demais commodities operam em queda (índice total: -0,28%), com destaque para metais básicos -0,25% e agrícolas -0,29%.

No front doméstico, o agravamento das relações políticas entre o governo e o Congresso mantém elevada a aversão ao risco. Esse quadro ganha contornos mais graves no dia de hoje em que representantes da agência de rating S&P chegam ao País para iniciar o processo de revisão da nota de crédito soberano. A decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, de devolver a Medida Provisória que reduziu as desonerações da folha de pagamentos, comprova a inexistência de uma base política de sustentação ao Planalto, ameaçando o ajuste fiscal e abrindo caminho para o rebaixamento da nota de crédito do Brasil.

Em meio a esse tiroteio político, a reunião do Copom, que termina hoje, deve ficar em segundo plano. Segundo a mediana das expectativas do mercado, a Selic deve subir 50 pontos, para 12,75% ao ano.

Topo