Hoje na Economia 04/04/2013

Edição 759

04/04/2013

Mercados abrem sem definição clara de tendência à espera da reunião de política monetária na zona do euro. Expectativas apontam para a manutenção da taxa básica de região em 0,75% ao ano. O foco recairá sobre a entrevista de Mario Draghi após a reunião, onde se espera por avaliações sobre a solução encontrada para a crise bancária de Chipre. Espera-se também sinalizações que reforcem apostas em queda, em futuro próximo, da taxa de juro da região.

O euro perde força frente às principais moedas, sendo negociado a US$ 1,2796, contra US$ 1,2884 observado ontem à tarde. No mercado de ações, predomina o compasso de espera: o índice STOXX600 registra discreta alta (+0,07%), nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 perde 0,08% no momento, enquanto em Paris e Frankfurt, bolsas locais registram ganhos de 0,76% e 0,32%, respectivamente.

Os futuros dos índices S&P e D&J registram altas de 0,43% e 0,38%, respectivamente. O dólar index sobe 0,70% no momento, refletindo o enfraquecimento do euro e da moeda japonesa. A treasury de 10 anos remunera a 1,82% ao ano. Ben Bernanke discursa as 11:30hs, sobre educação financeira. Às vésperas da payroll, sua fala sempre merece atenção.

Na Ásia, bolsas iniciaram o pregão com fortes quedas, seguindo o mau humo que tomou conta dos mercados após os fracos dados econômicos divulgados nos EUA. No entanto, o anúncio pelo Banco do Japão (BoJ) que deverá intensificar os estímulos monetários, dobrando a compra de títulos japoneses e de ativos de risco , objetivando elevar a inflação para 2% dentro de dois anos, estimulou os mercados que passaram a operar com fortes ganhos. O índice MSCI Asia Pacific após recuar 1,1% nas primeiras horas do pregão fechou com queda de 0,6%, refletindo também o feriado na China, que manteve mercados locais fechados. No Japão, o índice Nikkei fechou o dia com ganho de 2,2%. A moeda japonesa perdeu força. Era cotada a 93,05 ienes por dólar ontem à tarde, passando para 95,10 ienes por dólar, nesta manhã.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua pelo terceiro dia seguido, sendo negociado a US$ 94,43/barril, com queda de 0,05%, nesta manhã. As commodities em geral também operam no vermelho, com destaque para as metálicas que perdem 0,25%.

O ambiente internacional favorável a ativos de risco e na ausência de uma agenda doméstica mais pesada, a Bovespa poderá manter a trajetória de ganhos observada ontem. No mercado de câmbio, o favorecimento do dólar frente às principais moedas pode contribuir para que a cotação da moeda americana permaneça flutuando em torno de R$2,02. No mercado de juros, vazamento de possível divisão entre os diretores do BC em relação à inflação e atividade impôs maior volatilidade aos DIs futuros. Cresceram discretamente as apostas na alta da Selic em abril, mas a maioria dos investidores ainda segue precificando o início do aperto monetário na reunião do Copom de maio.

Superintendência de Economia
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