Hoje na Economia 04/04/2014

Hoje na Economia 04/04/2014

Edição 1004

04/04/2014

Mercados abrem, nesta manhã, operando em ritmo lento, aguardando a divulgação do relatório de emprego nos EUA, que poderá estimular o debate sobre o momento em que o Fed começará a elevar da taxa básica de juros, mudando o sinal da atual política monetária. As projeções apontam para a continuidade da recuperação do emprego, que deverá subir de uma criação líquida de 175 mil vagas em fevereiro, para 200 mil em março. A taxa de desemprego deve ficar em torno de 6,6%.

Os índices futuros das principais bolsas norte-americanas operam no azul, no momento, mas com discretas altas (S&P +0,15% e D&J +0,12%). O dólar não mostra tendência definida frente às principais moedas, ao mesmo tempo em que o juro pago pela Treasury de 10 anos permanece flutuando ao redor de 2,80% ao ano.

Na Ásia, as bolsas não mostraram uma tendência definida. O índice MSCI Asia Pacific praticamente fechou o pregão no mesmo nível de ontem. Na bolsa de Tókio, o índice Nikkei fechou praticamente estável (-0,05%), com investidores cautelosos à espera da divulgação do relatório de emprego nos EUA. O dólar se manteve praticamente estável ante o iene ao longo da sessão asiática. No momento, é negociado a 103,89 ienes contra 103,96 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou com ganho de 0,37%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong contabilizou perda de 0,24%.

Na Europa, o euro permanece em queda frente à moeda americana (cotado a US$ 1,3709 no momento), refletindo as indicações dadas por Mario Draghi, de que o Banco Central Europeu estaria pronto para lançar mão de estímulos monetários para reduzir os riscos de um cenário de deflação na zona do euro. Os investidores também operam aguardando o relatório de emprego nos EUA. O índice STOXX600 registra alta de 0,13% no momento. Em Londres, o FT100SE opera com valorização de 0,37%, tendência semelhante observada em Paris (+0,20%) e Frankfurt (+0,32%).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI opera em alta, recuperando parte das perdas recentes. No momento, é negociado a US$ 101,01/barril, com valorização de 0,72%. As commodities em geral também operam no azul, com destaque para metais (+0,70%), enquanto agrícolas permanecem estáveis.

Os mercados brasileiros também deverão reagir aos números sobre o mercado de trabalho americano, que serão divulgados as 9h30. Números muito acima das expectativas poderão exacerbar os temores de uma alta dos juros americanos ainda no primeiro semestre de 2015. Esse cenário, negativo para os emergentes em geral, poderia levar a forte valorização do dólar, abertura das taxas longas de juros no mercado futuro e reduzir os fluxos de capitais externos para a bolsa brasileira.

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