Hoje na Economia – 04/05/2023

Hoje na Economia – 04/05/2023

Economia Internacional

Nos EUA, o FOMC elevou o intervalo da taxa básica de juros em 25 bp na reunião de ontem para o intervalo de 5%-5,25%, conforme amplamente esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. No comunicado, o comitê reconheceu a robustez do mercado de trabalho e a persistência da dinâmica inflacionária, ainda que tenha acentuado o crescimento modesto da atividade no 1º trimestre e a incerteza associada aos impactos do aperto de crédito sobre a economia. Em termos de sinalização, o tom do comunicado foi de diminuição da possibilidade de novas altas de juros, indicando que o ciclo de aperto monetário estaria próximo do fim e caminharia para uma pausa. Assim, esperamos que o intervalo das Fed Funds Rates permaneça estável até o final deste ano, com o início do ciclo de cortes programado para meados de 2024.

Na Zona do Euro, a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (ECB) também ocorreu em linha com o esperado pelos mercados, elevando as taxas referenciais em 25 pb. O comunicado reforçou a preocupação com a persistência da inflação em níveis elevados e o compromisso do comitê com a convergência da inflação à meta de 2%, e sinalizou que deve manter a abordagem de dependência dos dados para os próximos passos, os quais devem levar as taxas de juros a patamares suficientemente restritivos.

Hoje, a agenda global ainda contou com a divulgação dos dados de emprego referentes ao 1º trimestre nos EUA. O custo unitário do trabalho registrou alta de 6,3% T/T anualizado, acima do esperado pela mediana de mercado (5,6%) e do dado anterior (3,2%), pressionando a dinâmica inflacionária associada ao mercado de trabalho. Os pedidos semanais de seguro-desemprego vieram em linha com o esperado (242 mil vs. 240 mil).

Economia Nacional

No âmbito local, conforme antecipado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado, o COPOM manteve a meta para a taxa Selic em 13,75% a.a. No comunicado, o comitê reconheceu que a desaceleração da atividade tem se demonstrado compatível com o estágio atual do ciclo de aperto monetário, destacando a resiliência do mercado de trabalho. As projeções do comitê para a inflação de 2023 e 2024 permaneceram estáveis no cenário de referência, enquanto no cenário alternativo, que supõe estabilidade de juros ao longo de todo o horizonte relevante, a projeção para a inflação de 2024 caiu de 3,0% para 2,9% – abaixo do centro da meta. No balanço de riscos, o comitê destacou como risco altista a continuidade da incerteza fiscal envolvendo a aprovação do texto final do novo arcabouço e seu impacto sobre as expectativas de inflação, da dívida pública e de preços de ativos. No tocante à sinalização, o comitê reduziu a probabilidade de retomar o ciclo de aperto caso o processo de desinflação não se materialize como esperado. No todo, a leitura do comunicado manteve o tom consistente com manutenção da taxa de juros no curtíssimo prazo, mas que deve corroborar início do ciclo de cortes a partir do 3° trimestre.

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