Hoje na Economia 04/06/2013

Hoje na Economia 04/06/2013

Edição 800

04/06/2013

A inesperada contração apresentada pela atividade industrial americana em maio deixou claro que a economia não se encontra forte o suficiente para abrir mão dos estímulos patrocinados pelo Fed. Essa percepção alimenta os mercados no dia de hoje, impulsionando bolsas, enquanto o dólar sobe e commodities recuam.

Nos Estados Unidos, os futuros das bolsas S&P e D&J operam com discretas altas, abrindo um dia em que a agenda econômica é fraca. O dólar se aprecia ante as principais moedas (dólar index: +0,18%), enquanto o yield pago pela treasury de 10 anos flutua em torno de 2,132% ao ano.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações registra ganho de 0,57% no momento. Foi divulgado o índice de preços ao produtor da zona do euro, que marcou deflação de 0,2% no ano findo em abril. O dado reflete o aumento da ociosidade da economia na medida em que se aprofunda a recessão na região. A bolsa de Londres registra alta de 0,69%, tendência seguida pelos seus pares de Paris (+0,62%) e de Frankfurt (+0,51%). O euro encontra-se relativamente estável, sendo cotado a US$ 1,3078 e 131,00 ienes por euro.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com ganho de 0,9%. Boa parte deveu-se a alta da bolsa de Tókio, onde o Nikkei mostrou valorização de 2,05% ao final do pregão. Esse movimento foi impulsionado por notícias veiculadas pela imprensa local, afirmando que o banco central japonês estuda introduzir medidas adicionais de estímulo monetário para derrubar a alta dos juros de longo prazo. A moeda japonesa, que era negociada a 99,53 ienes por dólar ontem à tarde, subiu para 100,26 ienes por dólar nesta manhã. As ações na China fecharam em queda, com a bolsa de Xangai registrando perda de 1,15%. As preocupações com a saúde da economia chinesa deu o mote para a realização de lucros em bancos e incorporadoras imobiliárias. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou estável.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua 0,52% nesta manhã, com o barril sendo negociado a US$ 92,95. Demais commodities também operam no vermelho, com destaque para agrícolas -0,76% e metais preciosos: -0,88%.

O avanço dos principais índices acionário, na Europa e Estados Unidos, pode favorecer a Bovespa, que poderá recuperar os 54 mil pontos. No mercado de câmbio, o dólar volta a se valorizar frente às principais moedas, tendência que tende a se verificar também diante do real. Uma boa oportunidade para se testar o novo teto do câmbio (R$ 2,15/US$). No mercado de juros, enquanto os vencimentos mais longos da curva de DIs futuros flutuarão ao sabor das variações da treasury americana, os curtos poderão refletir os dados de produção industrial que serão divulgados nesta manhã. Em abril, a produção industrial deve ter aumentado 1,0% MoM e 7,4% A/A, segundo o consenso do mercado.

Superintendência de Economia
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