Hoje na Economia 04/06/2018

Hoje na Economia 04/06/2018

Edição 2025

04/06/2018

Investidores mostram-se mais otimistas, nesta segunda-feira, ampliando exposição ao risco, favorecendo, principalmente, os mercados de ações, enquanto o yield das treasuries tem ligeira recuperação e o dólar recua frente às principais moedas.

Estimulam os negócios os efeitos do relatório de emprego dos EUA, que mostrou criação de mais postos de trabalho do que se previa em maio e queda da taxa de desemprego a 3,8%, o menor nível desde abril de 2000.

Bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada nesta segunda-feira. O índice MSCI Asia Pacific fechou com valorização de 1,3%, após encerrar três semanas seguidas de quedas. As negociações comerciais entre China e EUA, ocorridas neste final de semana, não mostraram avanços significativos. China alertou que não elevará suas compras de produtos americanos se o presidente dos EUA, Donald Trump, seguir adiante com sua ameaça de taxar bilhões de dólares em exportações chinesas. Na China, o índice Xangai Composto fechou em alta de 0,52%. No Japão, o Nikkei teve desempenho mais vigoroso, subindo 1,37%, apagando integralmente as perdas acumuladas na semana passada. O movimento das ações japonesas refletiu o avanço dos papeis das montadoras, em meio à fraqueza do iene diante do dólar ao longo do pregão. Nesta manhã, o dólar é negociado a 109,64 ienes, contra 109,57 ienes de sexta-feira à tarde. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 1,66%; em Seul, o índice Kospi teve ganho de 0,36%; em Taiwan, o Taiex avançou 1,47%.

Na Europa, a dissipação dos riscos associados à crise política na Itália favorece o euro que opera com alta significativa frente ao dólar. Nesta manhã, o euro avança a US$ 1,1728 de US$ 1,1659 no fim da tarde de sexta-feira. No mercado de ações, a maioria das bolsas europeias opera no azul. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra ganho de 0,54%. Em Londres, o FTSE100 tem alta de 0,68%; o CAC 40 sobe 0,46% em Paris; o DAX de Frankfurt avança 0,39%, no momento.

Os índices futuros de ações de Nova York apontam para a continuidade da trajetória de alta observada na sexta-feira. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,60%; do S&P 500 avança 0,42%; o Nasdaq ganha 0,48%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe a 2,921% de 2,895% no fim da tarde de sexta-feira. O índice DXY, que segue o valor do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, recua 0,44%, no momento. Essa tendência de baixa também se verifica diante da maioria das moedas emergentes.

No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo operam em ligeira alta, esboçando reação diante das perdas da semana passada, causadas por sinais de aumento da produção nos EUA. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para julho é negociado a US$ 65,88/barril, com alta de 0,11%, nesta manhã.

O ambiente doméstico deve abrir a semana avaliando os efeitos negativos da greve dos caminhoneiros, bem como à mudança no comando da Petrobrás, com riscos de alteração na política de preços da companhia. O governo saiu politicamente mais frágil desse conflito, aumentando as incertezas em relação às eleições deste ano. O efeito sobre a economia tem levado a revisões para baixo nas projeções para o crescimento deste ano. O cenário não é favorável para os ativos brasileiros em geral.

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