Hoje na Economia – 04/08/2020

Bolsas operam sem direção única ao redor do mundo, com a Ásia tendo fechado em alta devido ao bom resultado de empresas de tecnologia nos EUA ontem, enquanto a Europa e os futuros de índices americanos abrem majoritariamente em baixa, com preocupações em relação à demora para aprovação de ajuda fiscal nos EUA, que pode levar à forte queda na renda da maioria dos americanos desempregados.

A maioria das bolsas da Ásia fechou em alta, com o índice regional de ações MSCI Asia Pacific subindo 1,7%. Houve avanços substanciais de 1,70% no índice Nikkei225 do Japão, 2,00% no Hang Seng de Hong Kong, 2,03% no SENSEX da Índia e 1,29% no KOSPI da Coréia do Sul. A bolsa de Xangai, por sua vez, subiu 0,11%. O iene está se desvalorizando levemente contra o dólar, -0,04%, cotado a ¥/US$ 105,99.

Na Europa, as bolsas operam sem direção em queda. Há recuos de -0,43% no índice pan-europeu STOXX600, -0,26% no FTSE100 de Londres, -0,04% no CAC40 de Paris e -0,57% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando 0,19%, cotado a US$/€ 1,1783 contra o dólar. A inflação ao produtor na Zona do Euro veio em linha com as expectativas, com a deflação diminuindo de -5,0% A/A em maio para -3,7% A/A em junho.

Nos EUA, os índices futuros de ações operam em queda no momento: de -0,14% no caso do Dow Jones e -0,30% no caso do S&P500. O movimento das moedas contra o dólar é bem disperso, com o euro tendo maior influência no índice DXY, fazendo o dólar se depreciar 0,15% nessa medição. Contra moedas de países emergentes como rublo e rand sul-africano, no entanto, o dólar se valoriza mais de 1% hoje. Os juros futuros operam em queda, com o yield da Treasury de 10 anos recuando 1 bp, para 0,54% a.a.. Hoje sairão dados de encomendas de bens relativas a junho, com expectativa de alta de 5,0% M/M.

Os preços de commodities operam sem direção única também. Há queda de -0,23% no índice geral da Bloomberg, com as maiores contribuições para isso ocorrendo no mercado de petróleo (-1,63% no caso do petróleo tipo WTI, cotado a US$ 40,34/barril) e de soja (-0,56%). Por outro lado, há alta forte nos metais (de 1,20% no caso do cobre e 1,55% no caso do níquel).

No Brasil, hoje será divulgada a produção industrial referente a junho, com expectativa de alta de 8,0% M/M na margem e queda de -10,0% A/A em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os preços de ativos brasileiros devem ter mais um dia de dificuldade devido ao cenário externo mais avesso a risco. A bolsa brasileira deve ter queda, o real deve se depreciar diante do dólar, enquanto os juros futuros devem seguir de lado, devido à reunião do Copom amanhã. O dado da produção industrial pode afetar em especial o mercado de juros, com uma recuperação mais forte podendo diminuir as apostas de cortes adicionais enquanto uma frustração com o ritmo de crescimento pode aumentar essas apostas.