Hoje na Economia 04/09/2013

Hoje na Economia 04/09/2013

Edição 865

04/09/2013

Mercados operam cautelosos diante dos sinais de que os Estados Unidos estão cada vez mais próximos de uma intervenção armada na Síria, deixando em segundo plano os efeitos positivos decorrentes do fortalecimento das economias americana e chinesa, mostrados pelos dados divulgados nos últimos dias.

Na linha do fortalecimento da economia norte-americana, os preços das Treasuries recuaram para o patamar mais baixo dos últimos dois anos, refletindo apostas de que a avaliação das economias regionais contidas no Livro Bege, a ser divulgado hoje pelo Fed, mostrará crescimento forte o suficiente para que se de início a redução do programa de compra de ativos ainda este mês. A Treasury de 10 anos remunera a 2,871% ao ano, nesta manhã. O Dólar mantém-se relativamente estável frente às principais moedas (dólar index: -0,08%). Os futuros das principais bolsas americanas operam com discretas variações, com o D&J e o S&P mostrando quedas de 0,13% e 0,15%, respectivamente.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu STOXX600 registra queda de 0,49%, no momento, sem se importar com a confirmação de que a região do euro cresceu 0,3% no 2T13 em relação ao trimestre anterior, colocando um final em dois anos de recessão. As três principais bolsas da região operam no vermelho: Londres -0,59%; Paris: -0,86% e Frankfurt: -0,68%. O euro é negociado a US$ 1,3168, com ligeira queda ante a cotação de ontem à tarde (US$ 1,3170).

Na Ásia pesaram sobre os negócios as preocupações com a possível intervenção militar dos EUA na Síria, lavando a maioria dos mercados acionários a fechar em queda. Enquanto bolsas de Seul e Taipé recuaram, em Xangai, mercado local fechou com alta de 0,21%. Esse resultado refletiu o PMI-serviços de agosto que ficou em 52,8, atingindo o maior patamar dos últimos cinco meses, sinalizando que o governo chinês vem obtendo sucesso em sua política de fortalecimento do mercado doméstico. Em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 0,31% no dia de hoje. No Japão, o índice Nikkei apurou valorização de 0,54%, com o índice voltando a operar acima dos 14 mil pontos. O índice passou maior parte do pregão no vermelho, mas a alta do dólar impulsionou a compra de ações no final do pregão. A moeda japonesa é negociada a ¥99,56/US$ no momento, contra 99,77 ienes no fechamento da Bolsa de Tókio.

Os preços do petróleo têm flutuado em torno de US$ 107,70/barril, para o tipo WTI, com mercado de olho nos próximos lances envolvendo a crise na Síria. Demais commodities operam no vermelho: índice total: -0,75%; agrícolas -0,71%; metais -1,43% e metais preciosos -0,92%.

A divulgação do Livro Bege nos Estados Unidos pode reforçar as apostas no início da redução dos estímulos monetários na reunião do Fed no final deste mês. Essa expectativa, em meio a crise na Síria, forma um ambiente negativo para as ações, conforme já antecipado pelas principais bolsas internacionais nesta manhã, devendo prejudicar o desempenho da Bovespa no dia de hoje. No mercado de câmbio, o Banco Central permanecerá atento e deverá efetuar novas intervenções para evitar desvalorizações adicionais da moeda brasileira. O mercado de juros futuros continuará a ser comandado pela evolução do câmbio no âmbito doméstico e, no front externo, pelos juros pagos pela Treasury americana.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
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