Hoje na Economia 04/09/2017

Edição 1844

04/09/2017

Semana começa com forte aversão ao risco contaminando os negócios, que mostram baixa liquidez em função do feriado nos Estados Unidos. O agravamento das tensões na Península Coreana, após o governo da Coreia do Norte testar uma bomba atômica neste fim de semana, leva a busca por porto seguro favorecendo moedas como o iene e o franco suíço. O ouro sobe 1%, atingindo um dos maiores patamares no ano.

Na Europa, as ações mergulharam no vermelho assim que notícias veicularam a intenção do governo de Pyongyang de lançar um míssil balístico intercontinental nos próximos dias. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,48%. Em Londres, o FTSE100 perde 0,11%; em Paris, o CAC40 cai 0,34%; em Frankfurt o DAX tem desvalorização de 0,44%. O euro permanece relativamente estável, flutuando em torno de US$ 1,1914, com investidores esperando pela reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que ocorre na próxima quinta-feira.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam majoritariamente em baixa, com investidores buscando segurança no iene e ouro para enfrentar a turbulência causada pela crise na Coréia do Norte. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific encerrou o pregão de hoje com queda de 0,20%, a maior queda das últimas duas semanas. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio caiu 0,93%, interrompendo uma sequência de três pregões positivos, em meio à valorização do iene frente ao dólar. A moeda americana é negociada a 109,54 ienes, diante de 110,28 ienes de sexta-feira à tarde. Na China, o dia foi de ganhos, com investidores locais focando na reunião do Partido Comunista que deverá ocorrer em 18 de outubro. O índice Xangai Composto subiu 0,37%. Em outras partes da região asiática prevaleceu a baixa: o índice Hang Seng de Hong Kong fechou com queda de 0,76%; o Taiex de Taiwan perdeu 0,24%; o Kospi de Seul teve queda de 1,19%.

Os mercados norte-americanos permanecem fechados por conta de feriado (Dia do Trabalho), reduzindo a liquidez dos mercados internacionais, diminuindo o impacto negativo decorrente da crise na Coreia do Norte. Os futuros das principais bolsas de ações estão em operação: Dow Jones futuro cai 0,29%; o S&P 500 perde 0,40%; o Nasdaq recua 0,40%.

O feriado nos EUA reduz a liquidez nos mercados brasileiros, em semana que contempla agenda muito importante tanto do ponto de vista político como econômico. Nesta semana, o Congresso deve aprovar a TLP (no Senado), enquanto as duas casas em conjunto devem votar a modificação das metas fiscais deste e do próximo ano. Além de indicadores importantes como produção industrial (julho) e o IPCA de agosto, o Copom anuncia a nova taxa Selic na quarta-feira. A maioria dos participantes do mercado espera que a Selic recue para 8,25%, com interesse maior voltado para o comunicado, que poderá trazer possível sinalização sobre os próximos passos da política monetária.