Hoje na Economia 04/11/2015

Hoje na Economia 04/11/2015

Edição 1391

05/11/2015

Mercados operam sem direção única, acompanhando os efeitos das declarações de Janet Yellen, efetuadas ontem no Congresso americano, reafirmando que o Fed está pronto para iniciar o ajuste da taxa básica de referência (Fed Fund) norte-americana na próxima reunião de política monetária (Fomc), em dezembro. A probabilidade estimada pelo mercado para o início da alta de juros ocorrer naquele encontro subiu de 42% para 60%, após a fala de Yellen.

O dólar sustenta, nesta manhã, os ganhos obtidos frente às principais moedas. Diante da moeda japonesa, o dólar subiu para 121,80 ienes, enquanto a cotação do euro recuou para US$ 1,0840. O juro pago pela Treasury de 10 anos subiu de 2,19% para 2,23%. O índice futuro da bolsa S&P opera com discreta queda (-0,07%), no momento. Investidores estão à espera da divulgação da payroll de outubro, prevista para amanhã. A confirmação de um mercado de trabalho robusto deve fortalecer as apostas na alta dos juros americanos começando em dezembro.

Na Europa, os juros dos European Bonds encontram-se estáveis nesta manhã, após a alta ocorrida ontem, ao lado da desvalorização da moeda comum europeia. Os mercados de ações da região operam em baixa, nesta manhã. O índice STOXX600 recua 0,22%, no momento; Londres perde 0,41% e Frankfurt cai 0,19%. Paris vai na contramão e sobe 0,15%.

Na Ásia, principais mercados fecharam o dia em alta. O índice MSCI Asia Pacific apurou ganho de+0,1%. No Japão, a bolsa de Tókio, representada pelo índice Nikkei, fechou a sessão com valorização de 1,0%, refletindo não só resultados empresariais favoráveis, como também a desvalorização do iene frente ao dólar americano. Na China, a bolsa de Xangai prosseguiu em recuperação. O índice Xangai Composto apurou valorização de 1,83% no pregão de hoje. Em Hong Kong, o Hang Sang fechou próximo da estabilidade (-0,01%).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI se valorizou 0,3% na sessão asiática, iniciando o dia cotado a US$ 46,44/barril. Demais commodities operam em baixa (índice Bloomberg -0,06%), com quedas de 0,14% para metais básicos; -0,77% registrado por agrícolas e -0,80% para metais preciosos.

A Bovespa continuará dividida entre a influência externa, marcada pela possibilidade crescente de alta dos juros americanos ainda este ano, e as tensões diante dos impasses políticos domésticos. O dólar deve manter tendência de alta frente ao real, seguindo a tendência de alta que a divisa americana apresenta em termos globais. Nesse contexto, com fraca agenda de indicadores domésticos, a curva de juros futuros ficará na dependência da evolução do dólar e das Treasuries, além das incertezas políticas.

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