Hoje na Economia 04/11/2020

Hoje na Economia 04/11/2020

Mercados de capitais globais operam em meio à alta volatilidade, nesta manhã. Investidores acompanham o andamento da apuração das eleições americanas, onde a disputa do presidente Trump com o democrata Joe Biden está mais acirrada do que se previa. Com os resultados conhecidos até agora mostrando ligeira vantagem para Biden, o presidente Trump ameaça ir a Suprema Corte, podendo paralisar apuração, contestando do resultado do pleito.

Na Ásia, a maioria das bolsas de ações fechou em alta, enquanto acompanhava a apuração de votos nos EUA O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou valorização de 0,20%, no pregão do hoje. Destaque para a bolsa japonesa, onde o índice Nikkei subiu 1,72% em Tóquio, favorecido pelas ações de tecnologia e farmacêutica. Na China, o índice Xangai Composto teve modesto ganho de 0,19%, enquanto o Hang Seng fechou com queda de -0,21%. O sul-coreano Kospi se valorizou 0,60% em Seul; o Taiex registrou ganho de 1,04% em Taiwan. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 104,91 ienes, de 104,60 ienes no final da tarde de ontem.

No mercado americano, os futuros de ações das principais bolsas de Nova York, que operavam no vermelho durante a madrugada, passaram para o campo positivo. Investidores avaliam as possibilidades de Trump vencer as eleições, contrariando as pesquisas de opinião que favoreciam o democrata Joe Biden. No momento, o índice futuro do Dow Jones sobe 0,25%; o S&P 500 avança 0,78%; Nasdaq registra alta de 2,47%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou dois pontos base para 0,80%. Em meio a um ambiente de maior aversão ao risco, o dólar se valoriza frente às principais moedas. O índice DXY registra valorização de 0,28%, situando-se em 93,82 pontos. Na agenda econômica, será divulgada a folha de pagamentos privada, apurada pela ADP, que deve ter criado, liquidamente, 650 mil vagas em outubro, segundo o consenso dos analistas pesquisados pela Bloomberg.

Na Europa, após uma abertura vacilante, com preocupações com a apuração das eleições americanas, as bolsas da região se firmaram no campo positivo, após a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMI) da zona do euro. O PMI composto da região, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 50,4 em setembro para 50 com o dado de outubro, superando as estimativas do mercado que apontavam para uma leitura de 49,4, indicando contração da atividade. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,93%, recuperando-se das quedas iniciais. Em Londres, o FTSE100 registra valorização de 0,72%. Em Paris e em Frankfurt, o CAC40 e o DAX sobem 1,01% e 0,65%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,1670, se desvalorizando-0,38%, nesta manhã.

No mercado de commodities, o índice Geral de Commodities Bloomberg registra queda de -0,45%, diante do ambiente de risco que permeiam os negócios nesta manhã. No mercado de petróleo, no entanto, o contrato futuro do produto tipo WTI se valoriza 1,52%, sendo negociado a US$ 38,31/barril.

Os ativos brasileiros devem abrir em alta, seguindo os futuros das bolsas de Nova York, enquanto acompanham as notícias sobre a ainda indefinida apuração de votos nos EUA. Diante do ambiente de maior cautela, o dólar deve abrir em alta frente ao real, favorecendo a abertura das taxas de juros futuros longos. Ontem, o Senado aprovou o projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central, que agora segue para a Câmara. Na pauta do Congresso, a avaliação do veto do presidente a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores.

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