Hoje na Economia -04/11/2021

Hoje na Economia -04/11/2021

As principais bolsas internacionais na Ásia, Europa e futuros americanos operam em alta, nesta quinta-feira. O Fed anunciou o início da redução do seu programa de compra de ativos (tapering) como esperado, mas deixou claro que não tem pressa em alterar o parâmetro acomodatício da sua política monetária, mesmo diante de sinais de persistência das pressões inflacionárias.

Na Ásia, motivados pela postura “dovish” do Fed, as bolsas da região fecharam majoritariamente em alta. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, subiu 0,7% na sessão de hoje. No Japão, após o feriado de ontem, o índice Nikkei subiu 0,93% em Tóquio, enquanto o Hang Seng avançou 0,80% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi registrou ganho moderado de 0,25% em Seul. Na China, o índice Xangai Composto valorizou 0,81%, ao passo que em Taiwan, o Taiex fechou em queda de 0,25%. No mercado de moedas, o iene é negociado a ¥114,07/US$, desvalorizando 0,05%, nesta manhã.

Na Europa, as bolsas operam no azul, seguindo as tendências ditadas pelos mercados asiáticos e futuros americanos. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, valoriza 0,50%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,32%; o CAC40 tem alta de 0,36% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe 0,39%. Investidores devem acompanhar a divulgação de uma série de balanços corporativos, incluindo Telefónica, Commerzbank e Société Générale, além de aguardar a reunião de política monetária do Banco da Inglaterra. A IHS/Markit divulgou o índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, englobando os setores de manufatura e serviços, que recuou de 56,2 em setembro para 54,2 em outubro, de acordo com a pesquisa final. No momento, o euro é negociado a US$ 1,1554/€, desvalorizando 0,50%; a libra vale US$ 1,3629, perdendo 0,43%.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos declinou três pontos base para 1,57% ao ano, após o discurso acomodatício da autoridade monetária americana, no encontro de ontem. O dólar se fortalece, apagando as perdas da semana. O índice DXY sobe 0,40%, no momento, situando-se em 94,25 pontos. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, mas sem muita convicção. Podem estar sugerindo que os mercados à vista vão seguir a recente tendência de valorização, após a avaliação de que o Fed, apesar de iniciar o “tapering”, não cogita elevar a taxa básica de juros tão cedo. O futuro do índice Dow Jones flutua em torno da estabilidade; enquanto o S&P 500 sobe modestos 0,10% e a Nasdaq tem alta firme de 0,37%.

Os mercados futuros de petróleo operam em alta, após as perdas de ontem, mas seguem de olho nas notícias sobre as retomadas das negociações nucleares entre Irã e as potências econômicas, além da reunião da Opep+, que deve decidir, hoje, sobre sua estratégia de oferta. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 81,76/barril, registrando valorização de 1,13%, no momento.

Na agenda econômica doméstica, o IBGE divulga a produção industrial de setembro, que deverá recuar 0,2% em relação a agosto no dado dessazonalizado e cair 4,0% ante igual mês de 2020, segundo o consenso dos analistas. Ontem na Câmara, foi aprovada a PEC dos precatórios, que abre espaço para financiar o Auxílio Brasil, o programa de transferência de renda que substituirá o Bolsa Família. A PEC segue agora para o Senado, podendo ser aprovada na próxima semana. A Bovespa deve operar em queda seguindo a tendência das principais bolsas internacionais, estimuladas pela postura dovish do Fed. A aprovação da PEC dos precatórios pode dar certo alívio ao câmbio e aos juros.

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