Hoje na Economia – 05/01/2021

Hoje na Economia – 05/01/2021

Mercados financeiros operam sem direção única nesta terça-feira. Algumas bolsas estão em queda com temor de novas medidas de restrição à mobilidade, enquanto outras estão em alta, seguindo outras notícias.

Na Ásia, a maior parte das bolsas fechou em alta. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific subiu 0,5%, atingindo um nível recorde. A NYSE dos EUA recuou e decidiu que não vai mais excluir três empresas chinesas do setor de comunicações de sua listagem.  Com isso, houve alta de 0,64% no índice Hang Seng de Hong Kong e 0,73% no índice composto de Xangai. Que alcançou o maior nível desde junho de 2015. Houve altas fortes também no KOSPI de Seul, 1,57%, e SENSEX de Mumbai, 0,61%. Por outro lado, o Nikkei225 de Tóquio teve recuo de -0,37%, com receio de investidores de que um lockdown seja decretado na região de Tóquio devido ao avanço do novo coronavírus. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,28%, cotado a ¥/US$ 102,84.

Na Europa, as bolsas operam sem direção única. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,10%, devido em especial ao avanço de 0,57% no FTSE100 de Londres, que sobe mesmo após o governo britânico decretar um novo lockdown. Por outro lado, o CAC40 de Paris está estável e há queda de -0,05% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,20%, cotado a US$/€ 1,2273. Hoje as vendas no varejo na Alemanha surpreenderam positivamente (com variação de +5,6% A/A contra expectativa de +4,0% A/A).

Nos EUA, os índices futuros de bolsas estão em leve alta, após o forte recuo de ontem. O Dow Jones sobe 0,25%, o S&P500 0,23% e o NASDAQ 0,20%. Ontem esses índices tiveram recuos superiores a -1% devido ao receio com a eleição para senador no Estado da Geórgia, que ocorre hoje. As chances de o Partido Democrata vencer os dois cargos em disputa aumentaram após o escândalo envolvendo o presidente Donald Trump, que aumenta asa chances de os Democratas ganharem controle do Senado e implementarem aumentos de impostos para empresas. O resultado da eleição deve demorar para ser conhecido, com grande possibilidade de disputas judiciais. O dólar agora está se desvalorizando diante das outras moedas, com o índice DXY recuando -0,18%. Os juros futuros estão em leve alta, com a Treasury de 10 anos a 0,93% a.a., um avanço de 1 pb. Hoje sairá o dado do ISM manufatura, que deve ter diminuído de 57,5 para 56,7 segundo a mediana de projeções do mercado.

O mercado de commodities é favorecido pela alta na bolsa chinesa. O índice geral da Bloomberg sobe 0,86%, com avanço em especial no minério de ferro (3,15%) e no cobre (1,22%). O petróleo sobe 0,88%, após a reunião da OPEP concluir sem acordo sobre nível de produção. O barril tipo WTI está sendo negociado a US$ 48,06.

No Brasil, já foi divulgado o dado de vendas de veículos Fenabrave, com recuo de -7,1% A/A após cinco meses anteriores terem mostrado alta nessa comparação. A falta de peças na produção pode responder por parte dessa queda. Os preços de ativos brasileiros devem se recuperar da queda de ontem, acompanhando outros mercados emergentes e as commodities. A bolsa brasileira deve subir, o real deve se valorizar e os juros futuros devem cair.

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