Hoje na Economia 05/02/2016

Edição 1451

05/02/2016

O foco hoje estará voltado para os Estados Unidos, onde será divulgado o relatório de emprego referente a janeiro. Os dados devem continuar mostrando um mercado de trabalho ainda robusto, mas mostrando menor vigor, em linha com o enfraquecimento da economia americana na segunda metade do ano passado. Segundo o consenso, a economia americana deve ter criado 190 mil novas vagas em janeiro, recuando ante os 295 mil postos criados em dezembro. A taxa de desemprego, por sua vez, deve ter ficado em 5,0%.

A expectativa de que o Fed não promova nenhuma elevação da taxa de juros de referência (fed fund) continua a pesar negativamente sobre o dólar, valorizando moedas como o iene japonês e o euro. No momento, o dólar recupera-se em movimento de ajuste técnico. O dólar índex sobe 0,17%, situando-se em 96,636 pontos. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,844% ao ano. O futuro do índice de ações S&P500 opera com discreta queda (-0,05%), nesta manhã.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam sem direção única. A valorização do iene diante do dólar pesou sobre as ações das empresas exportadoras, levando o índice Nikkei da bolsa de Tóquio a encerrar a sessão com queda 1,32%. Na China, que se prepara para a semana de feriados devido as comemorações do Ano Novo, as injeções de liquidez efetuadas pelo banco central deram estabilidade para a moeda chinesa. No mercado de ações, a bolsa de Xangai fechou com queda de 0,63%, mas em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,55%. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific terminou esta sexta-feira com alta de 0,3%.

Na Europa, mercados de ações operam entra altos e baixos, à espera dos dados sobre emprego nos EUA. O índice STOXX600 apresenta discreta queda, no momento, enquanto o índice DAX, de Frankfurt, registra queda de 0,25%; o CAC40 de Paris tem alta 0,38%; em Londres, o FTSE100 sobe 0,11%. O euro troca de mãos a US$ 1,1195 (-0,13%), nesta manhã.

As cotações de petróleo recuam nesta manhã. O produto WTI é negociado a U$ 31,51/barril, recuando 0,60%. Demais commodities operam em alta, com destaque para metais básicos (+0,92%) e metais preciosos (+1,29%). Agrícolas perdem 0,56%.

A Bovespa deve manter sua trajetória incerta e volátil dos últimos pregões, evoluindo ao sabor das notícias sobre a crise política doméstica, como também sofrendo os efeitos dos dados americanos sobre os mercados mundiais. O real deverá continuar se beneficiando do enfraquecimento global do dólar, ao mesmo tempo em que deve aguardar a divulgação da payroll americana para definição de tendência para hoje. No mercado de juros, as atenções também se concentrarão na divulgação do IPCA de janeiro, que deve mostrar inflação de 1,10% no mês (10,52% em doze meses), segundo o consenso do mercado.