Hoje na Economia 05/02/2018

Hoje na Economia 05/02/2018

Edição 1946

05/02/2018

A aversão ao risco toma conta dos mercados, nesta segunda-feira. Cautelosos, os investidores buscam avaliar a consistência dos movimentos ocorridos na sexta-feira, envolvendo forte correção das bolsas e recuperação firme do dólar.

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em intensa queda, seguindo o comportamento dos mercados de Nova York no fim da semana passada. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com queda de 1,5%, a maior desde dezembro de 2016. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei sofreu perda de 2,55%, maior recuo em um único dia desde que Donald Trump foi eleito presidente dos EUA, em novembro de 2016. O dólar é negociado a 109,86 ienes, nesta manhã, contra 110,13 no final da tarde de sexta-feira. Na China, os mercados tomaram direção oposta, após as quedas da semana passada. O índice Xangai Composto subiu 0,73%, em meio a indícios de compras por fundos de investimentos estatais. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi registrou baixa de 1,33% em Seul, enquanto o Taiex caiu 1,62% em Taiwan. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve queda de 1,09%.

Na Europa, mercados dão continuidade às quedas observadas na sexta-feira, acompanhando a tendência de baixa ditada pelas bolsas asiáticas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 1,05%, no momento. Principais praças também operam no vermelho: Londres -1,14%; Paris -0,85%, Frankfurt -0,63%. O euro troca de mãos a US$ 1,2459, permanecendo próxima a cotação de US$ 1,2460 observada no final da sexta-feira. O dado sobre os gerentes de compras (PMI) divulgados pela IHS Markit não fez mercado, embora tenha vindo melhor do que o esperado. O PMI composto da zona do euro subiu de 58,1 em dezembro para 58,8 em janeiro, atingindo o maior nível desde junho de 2006.

Entre os ativos americanos, o juro pago pelo T-Bond permanecem em alta. Nesta manhã, situa-se em 2,853% ao ano, contra 2,834% no fim da tarde de sexta-feira. O juro das treasuries e o dólar devem continuar subindo nos próximos dias. Resultado da percepção de que o ajuste monetário americano deve se intensificar em 2018, após os dados do mercado de trabalho, divulgados na sexta-feira, mostrarem recuperação dos salários. No mercado de ações, espera-se por mais um dia de quedas, a se depreender pelo comportamento dos futuros dos principais índices, no momento: Dow Jones -0,61%; S&P 500 -0,39%; Nasdaq -0,31%.

Esse ambiente de aversão ao risco não favorece as commodities, que operam em queda com destaque para os metais básicos que perdem 1,14%, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 65,00, com queda de 0,69%.

A Bovespa deve acompanhar as bolsas de Nova York em seu movimento de ajuste iniciado na sexta-feira. A taxa de câmbio pode voltar a se situar acima de R$3,20/US$, caso o dólar de prosseguimento ao movimento de valorização global. O aumento do pessimismo com a reforma da Previdência, onde o governo continua distante de obter o número de votos necessários para aprovação da proposta, reforça os movimentos de alta do câmbio e correção do Ibovespa. No mercado de juros, espera-se pela reunião do Copom, que deve confirmar o corte da Selic para 6,75%, conforme o consenso do mercado.

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