Hoje na Economia 05/03/2018

Hoje na Economia 05/03/2018

Edição 1963

05/03/2018

Investidores mostram-se ariscos aos ativos de ricos nesta segunda-feira, em meio a temores sobre possível guerra comercial após as medidas protecionistas do governo Trump bem como pelo desconforto provocado pelo resultado inconclusivo das eleições parlamentares italianas.

O euro flutua em torno de US$ 1,2318 (era US$ 1,2333 no final de sexta-feira), com investidores dando mais peso ao acordo entre os partidos alemães (Social Democracia e Democracia Cristã), ocorrido neste final de semana, que permitiu a formação de novo governo para Ângela Merkel, pondo fim a um impasse que já durava cinco meses. No mercado de ações, mercados operam em alta generalizada, com exceção da bolsa de Milão que perde com os resultados das eleições italianas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem alta de 0,43%, no momento. Londres sobe 0,34%; Paris avança 0,33%; Frankfurt tem valorização de 0,39%.

Na Ásia, predominou a tendência de baixa entre a maioria das bolsas de ações da região. As ameaças de protecionismo do governo Trump e a indefinição na Itália, com avanço dos partidos de extrema direita, levaram os investidores a evitar ativos de risco. Exceção às bolsas de ações da China onde começou o Congresso Nacional do Povo que estabeleceu medidas que agradaram os investidores: o PIB deve crescer 6,5% em 2018; o déficit orçamentário foi reduzido de 3% para 2,6%, pela primeira vez desde 2012; não se estabeleceu uma meta de crescimento para o crédito, medida também inédita. A bolsa de Xangai fechou com alta de 0,07%. Já em Hong Kong, investidores não receberam muito bem o aperto fiscal chinês: o Hang Seng teve queda de 2,28%. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,66%, acumulando perdas pelo quarto pregão seguido. O dólar é cotado a US$ 105,51 ienes, recuando frente ao valor de 105,69 ienes do final da sexta-feira. Em outras bolsas da Ásia, o sul-coreano Kospi recuou 1,13% em Seul; o Taiex perdeu 0,52% em Taiwan.

O presidente Donald Trump deve oficializar as medidas protecionistas anunciadas na semana passada, podendo dar início a uma guerra comercial, alimentando a aversão ao risco nos mercados globais. Os principais índices futuros de ações da bolsa de Nova York operam, nesta manhã, em forte baixa. O futuro do Dow Jones cai 0,31%; o S&P recua 0,36%; o Nasdaq perde 0,22%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua para 2,861%, de 2,865% no final da tarde de sexta-feira. O dólar mostra-se estável diante das principais moedas. O índice DXY que avalia a moeda americana ante uma cesta de moedas mostra discreta alta +0,01%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 61,74/barril, subindo 0,80%, nesta manhã, a maior alta dos últimos sete dias.

Nesse ambiente de incertezas, envolvendo riscos de acirramento da guerra comercial, a Bovespa deverá mostrar elevada volatilidade, sendo guiada pelo comportamento das bolsas americanas. Sem uma agenda definida, o real e juros futuros deverão acompanhar as tendências ditadas pela moeda americana e pelas Treasuries, ao longo do dia.

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