Hoje na Economia – 05/03/2020

Hoje na Economia – 05/03/2020

Mercados operam entre altos e baixos nesta quinta-feira, em um ambiente de maior tranquilidade para os ativos de risco. Os investidores avaliam os esforços de governos, bancos centrais e órgãos multilaterais para amenizar o impacto econômico do coronavírus. Ontem, o FMI disponibilizou US$ 50 bilhões para países afetados pela doença e a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um pacote de US$ 8,3 bilhões para combate ao vírus no país.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam em alta significativa, seguindo o rali em Wall Street, e também refletindo os múltiplos esforços das autoridades globais em amenizar os efeitos do coronavírus sobre a economia mundial. Na China, o índice Xangai composto subiu 1,99%, com investidores esperando por atitudes mais contundentes do banco central chinês e novas medidas de estímulo econômico. Em Tóquio, o Nikkei encerrou a sessão de hoje com alta de 1,09%, com destaque para a Takeda Pharmaceutical, que anunciou o desenvolvimento de um tratamento contra o coronavirus. O dólar é negociado a 107,08 ienes, recuando ante o valor de 107,99 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng se valorizou 2,08% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,26% em Seul; o Taiex subiu 1,08% em Taiwan.

Os futuros americanos operam em direção contrária ao mercado asiático, sinalizando para um dia de provável realização de lucros para as bolsas de ações de Nova York, após a notícia de mais casos de mortes por coronavírus nos EUA (agora na Califórnia). No momento, o índice futuro do Dow Jones opera com queda de 1,46%; S&P500 cai 1,61% e Nasdaq tem recuo de 1,64%. Ontem, a curva de yield americana voltou a ficar positivamente inclinada, graças à alta de mais de 35 pontos base dos juros de 2 anos, sinalizando que os investidores esperam por mais estímulos por parte do Fed. Nesta manhã, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 0,9987% a.a., caindo 4,93%, enquanto o de 2 anos recua 5 pontos base, situando-se em 0,64%. O índice DXY tem queda de 0,14%, em decorrência da alta do iene e do euro.

Após um início de pregão em alta moderada, as bolsas europeias passaram para o terreno negativo, influenciadas pela forte queda dos índices futuros das bolsas de Nova York. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,76%. Em Londres, o FTSE100 perde 1,25%, o CAC40 recua 0,95%, o DAX perde 0,86% em Frankfurt. O euro é cotado a US$ 1,1172, se valorizando ante o valor de US$ 1,1165 de ontem à tarde.

Os futuros de petróleo operam em alta nesta manhã. Investidores esperam pelas reuniões da Opep com produtores independentes para definir um possível corte adicional na produção em resposta à ameaça econômica do coronavírus. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para abril é negociado a US$ 46,88/barril, com alta de 0,24%.

Em uma agenda econômica doméstica esvaziada em termos de indicadores, o mercado de juros continuará dando cores ao cenário de queda da Selic nos próximos meses, após a fraqueza da economia evidenciada nos dados do PIB divulgados ontem, em meio ao choque desinflacionário provocado pela epidemia de coronavíorus. O recuo do dólar em termos globais, nesta manhã, pode dar uma folga ao real, contribuindo para oscilações moderadas dos vértices mais longos da curva de juros futuros.

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