Hoje na Economia 05/04/2016

Edição 1489

05/04/2016

Em um ambiente internacional de forte aversão ao risco, o iene se fortalece pelo terceiro dia consecutivo, refletindo a busca por porto seguro, em meio à queda de ações na Ásia e Europa.

Reflexo das quedas dos preços do petróleo e acompanhando as perdas das bolsas americanas no dia de ontem, mercados de ações na Ásia fecharam em sua maioria em baixa. O índice MSCI Asia Pacific encerrou a sessão desta terça-feira com queda de 1,6%. No Japão, o fortalecimento do iene derrubou as ações das exportadoras que ao lado da queda das ações de energia levou o índice Nikkei a fechar o pregão com queda de 2,42%. O dólar é negociado a 110,38 ienes, nesta manhã, contra 111,35 ienes no fim da tarde de ontem. Na China, os esforços do governo para estabilizar a economia mantiveram os investidores animados. Em Xangai, o índice Composto fechou com valorização de 1,45%.

Na Europa, uma inesperada queda nas encomendas industriais da Alemanha ajudou a azedar o humor dos investidores, neste dia de baixo apetite ao risco (encomendas à indústria caíram 1,2% em fevereiro frente a janeiro; previsão +0,2%). O índice STOXX600 registra perda de 1,87% no momento. Em Londres, o FTSE100 opera com queda de 1,44%; em Paris o CAC40 registra desvalorização de 2,23%; em Frankfurt o DAX cai 2,33%, no momento. O euro é negociado a US$ 1,1356, recuando frente à US$ 1,1394 de ontem à tarde.

No mercado americano, o índice futuro de ações S&P 500 registra queda de 0,88%, nesta manhã. O juro pago pela Treasury de 10 anos cai 2,27%, situando-se em 1,722% ao ano, enquanto o dólar sobe frente às demais moedas, sendo que mais acentuadamente diante das moedas emergentes.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI recua 0,81%, no momento, com a cotação situando-se em torno de US$ 35,40/barril. Demais commodities também registram baixas, com destaque para metais básicos (-0,78%); agrícolas (-0,85%) e metais preciosos (-0,40%).

Hoje deve ser mais um dia negativo para os ativos brasileiros, que além de refletir o clima de maior aversão ao risco prevalecente nos mercados internacionais, deve acusar os desdobramentos da crise política doméstica, que a cada novo lance se enreda mais e mais numa confusão política onde ninguém consegue encontrar o fio da meada. Sem perspectiva de uma saída, investidores devem se manter cautelosos. Expectativa para o dia é de nova baixa para a Bovespa, dólar em alta, com também os contratos de juros futuros com vencimentos mais longos.