Hoje na Economia 05/05/2017

Hoje na Economia 05/05/2017

Edição 1758

05/05/2017

Os mercados de ações, nas principais praças do mundo, operam, em sua maioria, em baixa, refletindo a queda nos preços do petróleo e das demais commodities, bem como as preocupações com as eleições francesas e payroll americana.

Após caírem quase 5% na sessão de ontem, os futuros de petróleo permanecem em baixa, devido à avaliação de que os esforços de cortes na produção da Opep e da Rússia não serão suficientes para equilibrar a oferta global diante do aumento da produção nos EUA e Líbia. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em junho, é negociado a US$ 45,70/barril, a menor cotação desde novembro.

O foco hoje estará voltado para os Estados Unidos, onde será divulgado o relatório de emprego referente a abril. Os dados devem continuar mostrando um mercado de trabalho robusto, recuperando-se do fraco resultado reportado no mês de março (98 mil postos criados), prejudicado pelo clima adverso que vigorou no período. Segundo o consenso, a economia americana deve ter criado 190 mil novas vagas em abril, enquanto a taxa de desemprego deve permanecer em 4,6% da força de trabalho. Ainda nos EUA, merece atenção o discurso da presidente do Fed, Janet Yellen (14h30), e do seu vice, Stanley Fischer (12h30).

O futuro da principal bolsa de ações americana, S&P-500, opera em torno da estabilidade, nesta manhã. O dólar mostra discreto recuo frente às principais moedas (dólar índex: -0,07%). O juro pago pela T-Bond de 10 anos situa-se em 2,352% ao ano, mesmo patamar observado ontem à tarde.

Na Europa, predomina a aversão ao risco, com os mercados de ações operando em baixa, em meio à preocupações com as eleições na França, neste fim de semana, e a queda dos preços do petróleo. O índice STOXX600 opera com desvalorização de 0,15%, no momento, enquanto o índice DAX, de Frankfurt, registra queda de 0,35%; o CAC40 de Paris perde 0,19%; em Londres, o FTSE100 opera em torno da estabilidade. O euro troca de mãos a US$ 1,0913, recuando ante US$ 1,0986 de ontem à tarde.

Na Ásia, bolsas fecharam em baixa, influenciadas pela recente tendência de queda nos preços das commodities, bem como pela cautela enquanto se aguarda pelos dados de emprego no EUA. Na China, o índice Xangai Composto fechou com queda de 0,78%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong apurou desvalorização de 0,75%. No mercado chinês, pesou o fraco desempenho das commodities, principalmente das áreas de petróleo e carvão. Papeis de bancos e corretoras continuaram pressionados pela recente postura mais agressiva do governo no controle de riscos financeiros.

A Bovespa deve manter sua trajetória incerta e volátil dos últimos pregões, evoluindo ao sabor das notícias sobre a crise política doméstica, como também sofrendo os efeitos da queda dos preços do petróleo e demais commodities. Juros e câmbio devem seguir as flutuações do humor dos investidores em relação às notícias políticas, como também deverão aguardar a divulgação da payrollamericana (as 9h30 de Brasília) para definir uma tendência mais clara para hoje.

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