Hoje na Economia – 05/05/2021
Os mercados iniciaram o dia operando em alta, buscando refazer parte das perdas de ontem. Os investidores atentos aos balanços corporativos e aos indicadores que confirmam a firme retomada da economia global, em que pese à presença da pandemia de covid-19 em várias partes do mundo.
Na Ásia, os mercados permanecem exibindo baixos volumes de negociações, em meio a feriado que mantém fechados os mercados do Japão, China e Coréia do Sul. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 0,30%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,49%, enquanto o Taiex recuou 0,53% em Taiwan, ampliando perdas recentes diante de um novo surto de covid-19 na ilha. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 109,37 ienes, contra 109,33 ienes de ontem à tarde.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, nesta manhã. Sinalizam para provável recuperação das perdas apuradas no mercado à vista, no pregão de ontem. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,28%; S&P registra alta de 0,40%; Nasdaq valoriza 0,46%. Os investidores ficarão de olho na divulgação do relatório sobre a criação de empregos no setor privado elaborado pela ADP, que, segundo estimativas dos analistas, deve mostrar a geração líquida de 850 mil vagas em abril (517 mil em março). No momento, o juro do T-Bond de 10 anos permanece estável em torno de 1,60% ao ano, enquanto o dólar se valoriza frente às principais moedas, segundo o índice DXY, que registra alta de 0,11%.
Na Europa, as bolsas exibem altas expressivas, impulsionadas pelas ações das mineradoras e de empresas de viagens e turismo. A divulgação do índice de gerente de compras (PMI) composto da zona do euro, englobando os setores industrial e de serviços, mostrando que a atividade econômica da região se fortaleceu em abril também anima os investidores. O PMI composto da região subiu de 53,2 em março para 53,8 em abril, o maior patamar desde julho de 2020. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 1,34%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,21%; o CAC40 valoriza 1,0% em Paris; em Frankfurt, o DAX registra ganho de 1,40%. O euro é cotado a US$ 1,1996, desvalorizando 0,15%, no momento.
A firme convicção na retomada do crescimento global favorece a alta das commodities, com destaque para o cobre que é negociado em níveis recordes, acima de US$ 10 mil/tonelada. O petróleo também opera em alta. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 66,41/barril, com valorização de 1,08%, no momento.
Na agenda doméstica, o destaque caberá à reunião do Copom, que deve anunciar a nova taxa básica de juros às 18h30. Consenso do mercado indica que a Selic subirá para 3,50% ao ano. Grande interesse em torno do comunicado, no que se refere à manutenção da estratégia de ajuste monetário em etapas, ou seja, se manterá a sinalização de ajuste parcial da política monetária. O IBGE divulga a produção industrial de março, que deve recuar 3,0% na comparação com o mês anterior, mas subir 8,5% em relação a igual mês do ano passado pelo efeito base, segundo as projeções do mercado.