Hoje na Economia 05/06/2017

Hoje na Economia 05/06/2017

Edição 1779

05/06/2017

Os preços do petróleo sobem em meio à crise geopolítica envolvendo os maiores produtores de óleo no Oriente Médio. As tensões aumentaram após quatro nações do mundo árabe – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein – decidirem cortar todas as relações diplomáticas com o reino de Catar. Os contratos futuro, para entrega em julho, sobem 0,73%, nesta manhã, sendo negociados a US$ 48,01/barril.

Na Ásia, mercados fecharam sem tendência clara, com investidores preferindo esperar pelo desenrolar dos eventos na Europa, que nesta semana envolvem eleições na Inglaterra e decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE). Em Tóquio, o índice de ações Nikkei registrou baixa marginal de 0,03%, refletindo também o fortalecimento do iene ao longo da sessão asiática. O dólar americano é negociado a 110,49 ienes, nesta manhã, contra 111,44 ienes de sexta-feira. Na China, o Xangai Composto recuou 0,45%, enquanto o Hang Seng da bolsa de Hong Kong teve desvalorização de 0,24%.

A queda nas cotações dos metais básicos derruba as ações de mineradoras europeias, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com queda de 0,18%, no momento. Em Londres, onde crescem as expectativas em torno das eleições nesta semana, o índice FTSE100 perde 0,26%; na França, o CAC40 da bolsa de Paris recua 0,53%. Na contramão da região, a bolsa de Frankfurt registra valorização de 1,25%, no momento. O euro cai a US$ 1,1264 de US$ 1,1285 no fim da tarde de sexta-feira.

O yield pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 2,176% ao ano, situando-se no menor patamar dos últimos sete meses, refletindo a decepção com o relatório de emprego de maio que veio muito abaixo do projetado pelo mercado. O índice DXY encontra-se em 97,764 pontos o menor patamar desde outubro do ano passado. O futuro de ações do S&P 500 opera com queda de 0,05%, no momento.

No Brasil, o ambiente político continuará ditando o direcionamento dos preços dos ativos. A calmaria que tem tomado conta dos mercados nas últimas semanas pode sofrer alterações a partir do julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da cassação da chapa Dilma/Temer, eleita em 2014, que deve começar amanhã. As tensões políticas devem acentuar a volatilidade nos próximos dias, o que pode levar o dólar a ultrapassar os R$ 3,30/US$. A Bovespa, além dos efeitos negativos decorrentes das turbulências políticas, deve refletir, também, a fraqueza das commodities em geral.

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