Hoje na Economia 05/07/2013

Edição 823

05/07/2013

O foco estará voltado para os Estados Unidos, onde será divulgado o relatório do emprego referente a junho. Animados com os bons números divulgados pela ADP sobre criação do emprego no setor privado, investidores mostram maior apetite ao risco nesta manhã. A mediana das projeções de mercado aponta para criação líquida de 165 mil novas vagas pela economia americana no mês, pouco abaixo do número de maio (175 mil). A taxa de desemprego deverá se manter em torno do patamar de 7,5%. Expectativa de que esses números sejam suficientes para o Fed começar a reduzir o QE nos próximos meses leva o dólar a bater recordes de alta frente às principais moedas. O dólar index sobe 0,95% nesta manhã, superando o nível dos 84 pontos. O juro pago pela treasury de 10 anos atinge 2,541% ao ano. Os futuros dos índices S&P e D&J operam em alta:+0,92% e +0,93%, respectivamente.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu STOXX600 opera próximo a estabilidade, neste momento. Londres sobe 0,58%, enquanto Paris e Frankfurt registram quedas de 0,23% e 0,20%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,2879 nesta manhã, perdendo valor após as indicações de que o BCE deverá manter política monetária acomodatícia por muito tempo. Em relação à moeda japonesa, a cotação atingiu 128,65 ienes por euro, nesta manhã.

Bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, mas mantendo certa cautela enquanto aguardam os números sobre o mercado de trabalho americano. Na China, a bolsa de Xangai fechou próxima da estabilidade (+0,05%), enquanto em Hong Kong o índice Hang Seng encerrou o dia com ganho de 1,89%. Em Tókio, o Nikkei fechou com valorização de 2,08% diante de expectativas positivas sobre os dados do mercado de trabalho norte-americano. Apostas em um dólar mais forte ajudaram a alimentar um rali, que levou o mercado de ações ao patamar mais elevado das últimas cinco semanas. A moeda japonesa é negociada a 99,98 ienes por dólar, após ter operado acima dos ¥ 100/US$ em boa parte do pregão.

No mercado de petróleo, a cotação do produto tipo WTI atingiu US$ 101,02/barril (-0,20% no momento). Demais commodities também operam em direção distinta, com destaque para metais (-0,09), agrícolas (+0,14%) e metais preciosos (+0,96%).

No Brasil, investidores deverão aguardar a divulgação do relatório do mercado de trabalho para definirem uma estratégia. Incertezas em relação à política monetária do Fed devem persistir, mantendo a volatilidade elevada ao longo do pregão. No mercado de renda fixa, atenção para a divulgação do IPCA de junho, que segundo as projeções do mercado deverá registrar inflação de 0,33% no mês e 6,77% no acumulado de doze meses. Surpresas deverão mexer com a ponta curta da curva de juros a termo, que, no momento, consolidou aposta em nova alta de 0,50 ponto percentual na reunião do Copom da próxima semana.

Superintendência de Economia
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