Hoje na Economia 05/07/2017

Hoje na Economia 05/07/2017

Edição 1800

05/07/2017

A queda nos mercados financeiros ontem, ocasionada pelo aumento de tensões geopolíticas na península coreana, está sendo revertida devido a sinais de que China e Rússia devem ajudar a diminuir essa tensão.

As principais bolsas da Ásia encerraram o pregão da quarta-feira em alta. O PMI (índice de gerente de compras) da China caiu de 52,8 em maio para 51,6 em junho, entretanto ainda se encontrando na zona de expansão (acima de 50). O índice MSCi Ásia Pacífico subiu 0,2%, com alta de 0,25% no índice Nikkei225 de Tóquio e 0,76% na bolsa de Xangai. O iene está se depreciando contra o dólar, revertendo parte do movimento de ontem (de aversão ao risco), variando -0,29%, cotado a ¥/US$ 113,60.

Na Europa, mercados de ações operam em ligeira alta pela manhã. Os PMIs do setor de serviços vieram acima do esperado em junho, com o PMI da Zona do Euro em 55,4 contra prévia e expectativa de 54,7. As vendas no varejo na Zona do Euro em maio vieram dentro das expectativas, de alta de 0,4% M/M. O índice pan-europeu de ações STOXX600 sobe 0,01%, no momento, havendo alta de 0,10% no CAC40 de Paris, mas quedas de -0,12% no FTSE100 de Londres e -0,03% no DAX da Alemanha. O euro se deprecia em relação ao dólar, também devido à menor aversão ao risco, caindo -0,18% para US$/€ 1,1325.

Nos EUA os mercados voltam a abrir depois do feriado de 4 de julho, com atenção voltada para a divulgação da ata do FOMC que ocorre hoje à tarde. Os índices futuros de bolsas operam em ligeira queda, com o S&P recuando -0,02% e o Dow Jones -0,10%. O dólar ganha valor contra outras moedas, com o índice DXY subindo +0,22%. A reversão do movimento de ontem nas moedas se concentra apenas nas taxas de câmbio de países desenvolvidos. As moedas de países em desenvolvimento ainda se depreciam contra o dólar. Os juros futuros americanos estão basicamente estáveis, com a taxa de 10 anos a 2,346% a.a..

Os preços de commodities caem hoje, com o índice da Bloomberg recuando -0,45%. O preço do petróleo, após subir 10% nas últimas semanas, cai hoje com a notícia de que a Rússia não deve aceitar meta de novos cortes na produção na reunião da OPEP em julho. O preço do barril tipo WTI cai -1,53%, para US$ 46,34.

No Brasil, o único dado econômico a ser divulgado hoje deve ser o PMI de serviço, o PMI composto e o índice de preços de commodities do Banco Central, todos de junho. O Senado ontem votou o requerimento de urgência para a reforma trabalhista, que deve ir a plenário na próxima terça-feira, dia 11. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara definiu quem vai ser o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), considerado independente do governo e da oposição. O real ontem não seguiu o movimento de outras moedas emergentes (que se depreciaram bastante contra o dólar), e hoje também pode ficar estável (é bastante improvável valorização, no entanto, dado o cenário de commodities e do restante do mundo). A incerteza política ainda deve fazer com que não haja grandes quedas nos juros futuros ou ganhos no Ibovespa.

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