Hoje na Economia 05/08/2015

Edição 1330

05/08/2015

Mercados operam nesta manhã repercutindo as afirmações de Dennis Lockhart (Fed de Atlanta), para quem a economia americana encontra-se pronta para abandonar a frouxidão monetária. Essas declarações elevaram a probabilidade para 48% (antes era 40%) de a primeira alta da taxa básica de juros ocorrer em setembro, baseada no pressuposto de que a taxa efetiva dos Fed Funds estará em torno de 0,375% após o primeiro aumento.

Hoje a divulgação da pesquisa ADP, que deve mostrar a criação de 215 mil vagas pelo setor privado americano em julho, será importante para acrescentar mais dados na avaliação sobre o próximo passo da política monetária americana. A expectativa de iminente elevação dos juros empurra o dólar para cima, se valorizando não só frente às moedas fortes, como também diante da maioria das moedas emergentes. O juro do T-bond de 10 anos subiu para 2,241% (+0,89%). O futuro do índice de ações S&P500 opera com alta de 0,40%, no momento.

No mercado europeu, o índice STOXX600 sobe 0,83%, nesta manhã, com destaque para resultados corporativos de empresas ligadas a commodities. Em Londres, o índice FTSE100 mostra alta de +0,22%, enquanto o CAC 40 de Paris e DAX de Frankfurt mostram valorizações de 1,16% e 1,26%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,0857, desvalorizando-se 0,22% frente à moeda americana.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, embora o índice MSCI Asia Pacific apurasse queda de 0,2% no final do pregão. No Japão, o fortalecimento do dólar decorrente da proximidade de elevação dos juros pelo Fed estimulou as ações de exportadoras. O índice Nikkei fechou com alta de 0,46%. A moeda americana é cotada a 124,44 ienes, contra 123,89 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Composto de Xangai caiu 1,65%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,44%. Esses resultados ignoraram o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços da China, divulgados pelo Caixin, que subiu para 53,8 em julho, em comparação com 51,8 em junho.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI sobe pelo segundo dia consecutivo, atingindo US$ 45,94/barril, com alta de 0,44%, no momento. O índice total de commodities sobe 0,60%, nesta manhã, com destaque para metais básicos +0,55% e agrícolas +0,38%.

Sinais positivos vindos da China (PMI serviços mostrou forte aceleração em julho) e a alta do petróleo podem ajudar a Bovespa a recuperar parte das perdas dos últimos dias, mas o componente político doméstico continua pesando negativamente. Com uma agenda econômica doméstica esvaziada em termos de indicadores, o mercado de juros futuros deve voltar a olhar o desempenho do dólar e dos Treasuries a fim de definir uma direção para hoje.