Hoje na Economia 05/09/2013

Hoje na Economia 05/09/2013

Edição 866

05/09/2013

Mercados operam à espera dos eventos previstos para hoje nos Estados Unidos, os quais alimentarão as discussões sobre o momento em que o Fed iniciará a redução do atual programa de compra de ativos. Destaque para os dados referentes ao mercado de trabalho, com especial atenção para pesquisa ADP sobre criação de empregos no setor privado em agosto (consenso: 182 mil, contra 200 mil em julho). Os dados semanais de pedidos de seguro desemprego (consenso 330 mil pedidos na semana, contra 331 mil na semana anterior) também deverão influenciar as expectativas dos agentes.

Acrescente-se também a crise Síria e se tem combustível mais do que suficiente para fomentar a volatilidade nos mercados, explicando a postura cautelosa refletida no fraco desempenho mostrado pelos ativos de risco, nesta manhã. Os futuros dos índices S&P e D&J registram pequenas quedas (-0,08% e -0,12%, respectivamente). O dólar opera com ligeira alta ante as principais moedas, enquanto o juro pago pela T-Bond de 10 anos supera 2,90% ao ano (2,934% no momento).

Na Europa, há também apreensão em relação às reuniões do Banco da Inglaterra e do Banco Central Europeu, que deverão anunciar suas decisões dobre juros, em meio aos primeiros sinais de recuperação da Zona do Euro. Bolsas europeias operam sem direcional claro, nesta manhã. O índice STOXX600 registra variação de -0,09%, enquanto Londres opera estável, Paris e Frankfurt apresentam discretas quedas (-0,07% e -0,19%, respectivamente). O euro troca de mãos por US$ 1,3200, pouco abaixo da cotação de ontem à tarde (US$ 1,3206).

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, levando o índice MSCI Asia Pacific a registrar valorização de 0,2% no dia. A bolsa de Tókio fechou com discreta alta, com o Nikkei subindo 0,08%. A fraqueza da moeda japonesa favoreceu o movimento de alta das ações. O dólar chegou a ser cotado a acima de 100 ienes ao longo do dia, cedendo no final do pregão. No momento é negociado a 99,92 ienes. Na China, a bolsa de Xangai fechou com pequena queda (-0,24%) decorrente do comportamento divergente mostrado pelas ações de empresas que supostamente se beneficiariam da criação de uma região de livre comércio em Xangai. Em Hong Kong, o índice Hang Seng se valorizou 1,22% no dia de hoje.

No mercado de petróleo, o tipo WTI é cotado a US$ 107,87/barril, com alta de 0,60% nesta manhã. Demais commodities operam em direções distintas: metais +0,14%; agrícolas -0,20% e metais preciosos +0,34%.

Sem elementos sólidos que justifiquem uma alta consistente, o Ibovespa deverá operar a reboque das bolsas americanas, respondendo aos resultados dos eventos internacionais esperados para hoje. No mercado de câmbio, o real deve permanecer pressionado, principalmente em função da possível valorização do dólar decorrente de sinais emitidos pelo Fed sobre o início da redução dos estímulos monetários. A curva de DIs futuros, além de continuar flutuando em linha com as pressões do câmbio e do juro internacional, refletirá, também, a avaliação dos agentes sobre a ata do Copom, que será divulgada nesta manhã. Espera-se que o documento de indicações da extensão e intensidade do atual ciclo de aperto monetário.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
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