Hoje na Economia 05/09/2017

Hoje na Economia 05/09/2017

Edição 1845

05/09/2017

Melhora o humor dos mercados, reduzindo a aversão ao risco. Investidores deslocam a atenção dos problemas da Península Coreana para a evolução da economia global, focando nos indicadores de atividade divulgados na Europa e China, bem como nas manifestações de importantes membros do Fed e a expectativa sobre s reunião do BCE depois da manhã.

Os mercados de ações europeus reagem após as quedas fortes de ontem. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,35%, no momento. Maioria dos setores industriais opera no azul, surfando os bons indicadores de atividade divulgados na China e na Europa. O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, englobando os setores industriais e de serviços, ficou em 55,7 em agosto, inalterado ante julho, mantendo o ambiente de expansão de atividade pelo 50º mês consecutivo. Demais bolsas da região também operam no azul: Londres +0,23%; Paris +0,31%; Frankfurt +0,81%. O euro troca de mãos a US$ 1,1880, recuando frente à cotação de US$ 1,1899 de ontem à tarde.

Na Ásia, mercados se movimentaram em meio a um misto de temor provocado pela crise com a Coreia do Norte e estímulos decorrentes dos dados positivos da atividade econômica chinesa. A pesquisa IHS Markit/Caixin Media mostrou que o índice de gerente de compra (PMI) de serviços da China subiu de 51,5 em julho para 52,7 em agosto, mostrando o avanço do mercado interno na determinação do crescimento. O índice Xangai Composto subiu 0,14%, terceiro pregão consecutivo de alta. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou em queda de 0,63%, refletindo o fortalecimento do iene frente ao dólar decorrente da busca por segurança. A moeda americana é negociada a 109,42 ienes, contra 109,65 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da região asiática, o Hang Seng terminou o pregão estável em Hong Kong; o Taiex de Taiwam subiu 0,45%; em Seul o Kospi recuou 0,13%.

No mercado americano, os índices futuros das principais bolsas de ações operam em queda: Dow Jones -0,19%; S&P 500 -0,21%; Nasdaq -0,11%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua a 2,147% de 2,160% no final da tarde de sexta-feira. O dólar não mostra tendência clara, flutuando frente às principais moedas, segundo o índice DXY. Hoje na agenda, o destaque fica para a manifestação de membro do Fed – Lael Brainard diretora do Fed às 9h; Neel Kashkari, Fed Minneapolis 14h10; Robert Kaplan, Fed de Dallas 20h – que podem ajudar calibrar as apostas no tom do discurso que resultará da reunião de política monetária do Fed em 20 de setembro.

No mercado de petróleo, os preços da commodity operam sem direcional claro. O produto tipo WTI para outubro é cotado a US$ 47,51/barril, com alta de 0,47%, recuperando-se dos problemas causados pelo Harvey nas refinarias do Texas.

Mercados domésticos abrem digerindo a notícia de que a delação da JBS pode ser anulada. Esse evento impacta negativamente a imagem da Procuradoria Geral da República (PGR), enfraquecendo uma eventual segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. O caso parece caminhar para um final melancólico, com o enfraquecimento político da PGR. O presidente sai fortalecido, gerando maior confiança na base aliada, renovando as chances para aprovação da reforma da Previdência. Mercados devem reagir positivamente no dia de hoje, com ações em alta, dólar em queda e juros fechando.

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