Hoje na Economia 05/10/2016

Hoje na Economia 05/10/2016

Edição 1617

05/10/2016

Investidores mostram-se mais cautelosos, nesta quarta-feira, diante da crescente percepção de que as políticas monetárias dos principais bancos centrais do mundo estão se tornando menos estimulativas, alimentando a aversão ao risco.

Na Europa, onde rumores indicam que o Banco Central Europeu (BCE) se prepara para reduzir o seu programa mensal de compra de ativos, o índice STOXX600 opera em queda de 0,86%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 perde 0,46%; em Paris o CAC40 recua 0,65%; em Frankfurt o DAX tem desvalorização de 0,66%. O euro troca de mãos a US$ 1,1216, contra US$ 1,1208 de ontem à tarde. O índice de gerente de compras (PMI) composto da zona do euro, que engloba setores industrial e de serviços, caiu a 52,6 em setembro de 52,9 em agosto, reafirmando o quadro de expansão moderada da região.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, em meio a preocupações com a perspectiva dos juros nos EUA e um novo avanço nos preços do petróleo durante o pregão. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou o dia com ganho de 0,50%, impulsionado, principalmente, pelas ações de exportadoras estimuladas pelo enfraquecimento do iene. O dólar é cotado a 103,07 ienes, ante o valor de 102,84 ienes de ontem à tarde. Em Hong Kong, o Hang Seng iniciou o pregão em queda, mas terminou o dia contabilizando ganho de 0,42%. Na China, os mercados permanecem fechados devido a feriado, que se estenderá até o final da semana.

Na economia americana, o índice futuro do S&P 500 mostra oscilações discretas, em torno da estabilidade, após fechar o pregão de ontem com queda de 0,50%. O dólar acusa ligeira depreciação frente às principais moedas nesta manhã, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 0,31%, situando-se em 1,692% ao ano. Entre os dados econômicos a serem divulgados hoje, destaque para a criação de empregos no setor privado captado pela pesquisa do Instituto ADP. Segundo o consenso do mercado, foram criadas 165 mil vagas em setembro, contra 171 mil em agosto.

Os futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, refletindo a informação do American Petroleum Institute (API), segundo o qual o volume de petróleo estocado nos EUA teve expressiva queda na semana passada (cerca de 7,6 milhões de barris). No momento, o petróleo tipo WTI para entrega em novembro é negociado a US$ 49,50/barril, com alta de 1,69%.

Os eventos externos continuarão ditando a evolução dos preços dos principais ativos financeiros domésticos. Além do relatório de emprego da ADP, investidores também darão atenção a novas manifestações de membros do Fed, reforçando as apostas em alta iminente dos juros americanos. A tendência das bolsas de Nova York deve guiar a Bovespa, que também estará de olho na evolução do petróleo. Dólar deve abrir em alta, segundo a tendência de valorização da moeda americana frente às emergentes, devendo contaminar a curva futuro de juros. Atenuando o mau humor externo, a agenda doméstica prevê alguns eventos positivos, com destaque para aprovação na Câmara do pré-sal e as mudanças na lei da repatriação.

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