Hoje na Economia 05/10/2018

Hoje na Economia 05/10/2018

Edição 2112

05/10/2018

O movimento de venda das Treasuries prossegue, mantendo em alta os juros desses papeis, enquanto o dólar flutua entre margens estreitas enquanto se aguarda pela divulgação dos dados sobre o emprego nos EUA.

Segundo o consenso do mercado, o mercado de trabalho americano criou 185 mil vagas em setembro, abaixo de 201 mil abertas em agosto, ambos dados em termos líquidos. A taxa de desemprego deve recuar de 3,9% para 3,8%, na passagem de agosto para setembro.

A Treasury de 10 anos remunera a 3,203% ao ano, subindo 0,42%, reduzindo a procura por ativos de maior risco. Os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura em baixa. O índice futuro do Dow Jones recua 0,07% nesta manhã; do S&P 500 perde 0,12%; Nasdaq cai 0,25%.

Na Ásia, mercados de ações fecharam em baixa, com as ações do setor de tecnologia sob pressão, acompanhando a queda do Nasdaq de 1,81% no pregão de ontem. Pesou também contra os papeis de tecnologia boatos sobre suposta espionagem eletrônica da China, cujos mercados permaneceram fechados por conta do feriado prolongado. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,80%, com destaque para as quedas dos papeis dos setores eletrônico e químico. O dólar subiu a 114,93 ienes de 113,85 ienes de ontem à tarde. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com perda de 0,19%, encerrando a semana com queda de 4,4%, o pior resultado semanal em oito meses. Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve queda de 0,31% na bolsa de Seul. Em Taiwan, o Taiex fechou em baixa de 1,88%.

Na Europa, assiste-se a alta generalizada da remuneração dos títulos governamentais, com destaque para os juros pagos pelos bonds alemães, que atingem o maior patamar semanal desde abril. O aumento da atratividade dos juros se contrapõe à queda no mercado de renda variável. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,60%, nesta manhã. Demais praças também operam no vermelho, com destaque para Londres (-0,59%); Paris (-0,55%); Frankfurt (-0,80%). No mercado de câmbio, a libra se fortalece diante do dólar em meio a relatos de que o Reino Unido estaria perto de um acordo para sua saída da União Europeia. Neste momento, a libra é negociada a US$ 1,3036 ante US$ 1,3029 de ontem à tarde. O euro, por sua vez, é cotado a US$ 1,1498 de US$ 1,1521 do fim da tarde de ontem.

Os contratos futuros de petróleo operam com ganhos nesta manhã, com investidores ainda bastante atentos aos sinais para a oferta e a demanda, em meio à perspectiva de sanções dos EUA contra o setor de petróleo do Irã a partir de novembro.

A confirmação do crescimento do candidato Jair Bolsonaro pela pesquisa Datafolha, nesta reta final da campanha, anima os investidores domésticos, que podem minimizar o mau humor que impera nos mercados internacionais nesta sexta-feira. Na agenda econômica, o IBGE divulga o IPCA de setembro, que deve apurar inflação de 0,43% no mês (-0,09% em agosto), acumulando alta de 4,48% em doze meses.

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