Hoje na Economia – 05/11/2021

Hoje na Economia – 05/11/2021

O foco estará voltado para os Estados Unidos, nesta sexta-feira, onde será divulgado o relatório de emprego referente a outubro. A expectativa é que os dados permitam uma leitura mais apurada sobre a força do mercado de trabalho americano, o que ajudaria a engrossar os argumentos de que o Fed deveria começar a colocar em foco o momento em que iniciará o ajuste de sua política monetária. Segundo o consenso, a economia americana deve ter criado 420 mil novas vagas em outubro, acelerando o ritmo em relação ao mês anterior (194 mil em setembro). A taxa de desemprego deve recuar de 4,8% para 4,7% com o dado de outubro. Os investidores também estarão de olho no indicador sobre ganho médio por hora trabalhada (proj: 0,4% m/m) para avaliar o comportamento do consumo neste final de ano.

O yield da Treasury de 10 anos sobe um ponto base para 1,51% ao ano, enquanto o índice DXY do dólar permanece estável. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam próximos da estabilidade, nesta manhã, sugerindo que, após as altas observadas recentemente, os mercados à vista deverão se acomodar em torno dos patamares atuais. Os futuros dos índices de ações S&P 500 e Nasdaq operam com altas discretas de 0,03% e 0,11%, respectivamente, enquanto o Dow Jones recua 0,07%, no momento.

Na Ásia, as bolsas fecharam no vermelho, com o aumento dos temores em relação à situação financeira do setor imobiliário chinês, colocando os investidores na defensiva. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, apurou perda de 0,40%, nesta sexta-feira. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,41%, pressionado por ações de incorporadoras chinesas, que como a Evergrande, sofrem com graves problemas de liquidez para honrar os seus compromissos financeiros. Desta vez, foram suspensas as negociações com as ações da incorporadora Kaisa em Hong Kong, após a empresa deixar de honrar um bônus no mercado internacional. Na China, o índice Xangai Composto caiu 1%. No Japão, o Nikkei teve baixa de 0,61% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi desvalorizou 0,47% em Seul. Em Taiwan, o Taiex registrou ganho de 1,28% nesta sexta-feira. A moeda japonesa é negociada a 113,76 ¥/US$, flutuando em torno deste nível.

Os mercados acionários europeu iniciaram o dia sem direção única, avaliando os indicadores de atividade já conhecidos e à espera dos dados sobre emprego nos EUA. Na Alemanha, a produção industrial caiu 1,1% em setembro frente a agosto pela série dessazonalizada, frustrando as expectativas dos analistas que previam alta de 1% no período. Ainda nesta manhã, serão divulgadas as vendas no varejo da zona do euro de setembro, que deve subir 0,2% m/m segundo as projeções do mercado. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe alta marginal de 0,13%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,44%; em Paris, o CAC40 sobe 0,29%; em Frankfurt, o DAX tem queda modesta de 0,04%. O euro é negociado a US$ 1,1547/€, depreciando 0,08%, no momento.

O contrato futuro do petróleo tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 79,43/barril, com alta de 0,79%, nesta manhã. A Opep+ rejeitou a proposta do presidente Joe Biden de expandir a oferta da commodity, mantendo sua estratégia de elevar sua oferta em 400 mil barris por dia.

Os mercados domésticos acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA para definir uma tendência para hoje, principalmente para o dólar e juros futuros. A Bovespa, após a queda de ontem, pode buscar uma reação acompanhando os futuros das bolsas de Nova York. No entanto, notícias concernentes ao ambiente fiscal continuarão como pano de fundo, dando o tom dos negócios.

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