Hoje na Economia 05/12/2014

Hoje na Economia 05/12/2014

Edição 1172

05/12/2014

O foco hoje estará voltado para os Estados Unidos, onde será divulgado o relatório de emprego referente a novembro. Segundo o consenso do mercado, a economia americana deve ter criado 230 mil novas vagas no mês (214 mil em outubro), enquanto a taxa de desemprego deve ter permanecido em 5,8%. Neste momento em que a economia americana dá sinais de acomodação, há boas chances de o mercado de trabalho trazer números menos favoráveis que o esperado pelo mercado. Esfriariam, assim, as apostas, já minoritárias, de antecipação da alta dos juros pelo Fed. Mesmo que os dados mantenham certo fôlego, a perspectiva de inflação baixa, em virtude do recuo intenso do petróleo, sugere juros baixos por mais algum tempo.

Os futuros das principais bolsas de ações americanas, S&P e D&J, registram altas de 0,10% e 0,13%, respectivamente, nesta manhã. O dólar mantém sua trajetória de alta frente às principais moedas, com o índice Bloomberg Dollar Sopt subindo 0,19% no momento, atingindo o nível mais elevado dos últimos cinco anos. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 2,25% ao ano.

Na Europa, mercados de ações operam com forte alta, respondendo positivamente aos dados mostrando que as encomendas industriais na Alemanha subiram 2,5% em outubro ante o mês anterior, com ajuste sazonal, batendo as estimativas do mercado (0,6%). O índice STOXX600 opera com ganho de 1,15% recuperando-se diante das perdas de ontem, após Mario Draghi decepcionar, deixando de anunciar qualquer programa de estímulo econômico à região do euro. Em Londres, bolsa local sobe 0,72%, enquanto Paris avança 1,32% e Frankfurt ganha 1,34%. O euro troca de mãos a US$ 1,2369 contra US$ 1,2380 no fim da tarde de ontem.

Na Ásia, mercados operaram cautelosos, enquanto esperam pelos dados econômicos americanos. O índice MSCI Asia Pacific fechou a sessão em torno da estabilidade. No Japão, a bolsa de Tókio fechou em alta, impulsionada pela recuperação do dólar frente à moeda japonesa, diante da expectativa de que os dados sobre o mercado de trabalho deverão mostrar o fortalecimento da recuperação americana. O índice Nikkei se valorizou 0,19%, no dia de hoje. O dólar é cotado a 120,33 ienes, diante de 119,76 na tarde de ontem. Na China, a bolsa de Xangai encerrou o pregão com valorização de 1,32%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,71%.

No mercado de petróleo, a política de desconto de preços adotada pela Arábia Saudita para alguns compradores derruba os preços do produto no dia de hoje. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 66,23/barril, com queda de 0,87%. Entre as commodities, o único destaque positivo são as metálicas, que mostram alta de 0,13%, nesta manhã.

A Bovespa deve abrir acompanhando os sinais positivos decorrentes do bom humor dos mercados externos, enquanto se espera pelos dados sobre emprego que serão divulgados nos EUA, as 11h30. O quadro de recuperação firme da economia americana deve sustentar a alta do dólar no mercado externo, mantendo a cotação, por aqui, em torno de R$ 2,60/US$. Na agenda, a divulgação do IPCA de novembro, que deve mostrar inflação de 0,54% no mês e 6,59% no acumulado de 12 meses, segundo o consenso do mercado. Os números de inflação e cambio pressionado devem manter elevadas as expectativas inflacionárias dos agentes, colocando em cheque o discurso "dovish" do comunicado da reunião do Copom desta semana.

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