Hoje na Economia – 06/01/2019

Hoje na Economia – 06/01/2019

A aversão ao risco volta a predominar no dia de hoje, em reação aos desdobramentos da escalada de tensões do Oriente Médio, desde que os EUA mataram um líder militar iraniano durante ataque aéreo no Iraque no fim da semana passada.

Na Ásia mercados fecharam majoritariamente em queda. O índice MSCI Asia Pacific registrou perda de 1%, a maior desde 26 de agosto. No Japão, em seu primeiro pregão do ano, após os feriados de fim de ano, o índice acionário japonês Nikkei caiu 1,9%, pressionado em especial por ações do setor financeiro e valorização da moeda japonesa. O dólar é cotado a 107,99 ienes contra 108,10 ienes do final de sexta-feira. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng recuou 0,79% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi teve queda de 0,98% em Seul; o Taiex sofreu baixa de 1,30% em Taiwan. Na China, o Xangai Composto ficou praticamente estável nesta segunda-feira, com perda marginal de 0,01%. Embora a tensão geopolítica no Oriente Médio tenha prejudicado ao apetite ao risco, a forte alta do petróleo favoreceu as cotações das ações de petrolíferas nos mercados chineses.

Na Europa, bolsas europeias acompanham a tendência de baixa observada nos mercados asiáticos, com investidores tentando avaliar as futuras consequências do ataque aéreo do EUA que matou o principal líder militar iraniano no final da semana passada. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações opera com queda de 1,14%; em Londres, o FTSE100 perde 1,03%; em Paris o CAC40 recua 1,23%; o DAX perde 1,74% em Frankfurt. A IHS Markit divulgou os índices de gerentes de compras (PMIs) finais de dezembro da região do euro. O PMI composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 50,6 em novembro para 50,9 em dezembro, atingindo o maior patamar em quatro meses. Na Alemanha, o PMI composto subiu de 49,4 em novembro para 50,2 em dezembro. Após a divulgação desses indicadores o euro ampliou ganhos ante ao dólar. É cotado a US$ 1,1197 no momento, contra US$ 1,1163 no fim da tarde de sexta-feira.

A manutenção de um ambiente de forte aversão ao risco aumenta a busca por proteção nas Treasuries, elevando o seu valor e derrubando o seu yield. Nesta manhã, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 1,7794% ao ano, com queda de 0,49%. O dólar se enfraquece frente às moedas fortes, principalmente o iene e o franco suíço. O índice DXY encontra-se em 96,65 pontos, com recuo de 0,20%, no momento. Os futuros de ações das principais bolsas de Nova York operam no vermelho: Dow Jones -0,68%; S&P 500 -0,60%; Nasdaq -0,73%.

O petróleo opera com forte alta, nesta manhã, ampliando ganhos da sessão anterior, impulsionado pela escalada das tensões nos Oriente Médio. Os contratos futuros do petróleo tipo WTI para entrega em fevereiro é negociado a US$ 63,99/barril, com alta de 1,49%.

O ambiente de elevada aversão ao risco, alimentada pelas incertezas geradas pelo conflito entre americanos e iranianos no Oriente Médio, deve levar a uma abertura negativa para a Bovespa, acompanhando a tendência ditada pelos futuros de ações de Nova York. Diante de uma agenda fraca de indicadores econômicos para direcionar o mercado de juros, a curva de juros a termo ficará na dependência da evolução do dólar e das Treasuries para uma definição de tendência para hoje.

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