Hoje na Economia – 06/01/2023

Hoje na Economia – 06/01/2023

Economia Internacional

Nos EUA, os dados referentes ao mercado de trabalho divulgados ontem seguiram surpreendendo as expectativas de mercado e corroborando a leitura de continuidade do aperto do mercado de trabalho norte-americano. O ADP de dezembro mostrou criação de 235 mil vagas de trabalho no setor privado no mês, superior ao esperado pelos analistas (150 mil) e ao dado anterior (127 mil). Na mesma linha, os pedidos semanais de seguro-desemprego vieram abaixo do esperado (204 mil contra 225 mil).

Na Zona do Euro, leitura preliminar da inflação ao consumidor referente a dezembro ficou abaixo do esperado (-0,3% M/M ante -0,1% M/M projetado), consistente com os dados de inflação mais baixos nas principais economias europeias. Em contrapartida, o núcleo de inflação teve surpresa altista na comparação interanual (5,2% A/A contra 5,1% A/A). As vendas no varejo avançaram 0,8% M/M em novembro, acima da projeção mediana de 0,6% M/M do dado anterior (-1,5% M/M). A leitura final da confiança do consumidor em dezembro não foi revisada, mantendo-se em -22,2.

Na Alemanha, houve surpresa negativa em relação às encomendas à indústria, que contraíram 5,3% M/M em novembro ante expectativa de queda mais contida, de 0,5% M/M, refletindo a desaceleração da demanda no setor industrial.

Hoje a agenda global tem como destaque a divulgação do payroll de dezembro nos EUA, que deve mostrar abertura de 202 mil empregos no mês. Não é esperada mudança na taxa de desemprego, que deve permanecer em 3,7%. Os ganhos salariais podem desacelerar na margem, de 0,6% M/M para 0,4% M/M. Ao longo do dia, serão divulgados também, o ISM de serviços de dezembro e as encomendas à indústria e de bens duráveis em novembro, nos EUA.

Economia Nacional

Divulgada ontem, a produção industrial recuou 0,1% M/M em novembro, ligeiramente acima do esperado pelo mercado (-0,2% M/M) e consistente com expansão de 0,9% na comparação interanual. A queda foi concentrada na indústria extrativa, que retraiu 1,5% na margem, enquanto os bens de consumo duráveis caíram 0,4%.

O IGP-DI registrou alta de 0,31% M/M, inferior à esperada pelo consenso de mercado (0,44%), e fechou o ano com alta acumulada de 5,03%. Os preços ao produtor subiram 0,32% M/M, puxados pelo minério de ferro e alimentos, mas foram compensados pela queda nos preços de combustíveis. Os preços ao consumidor tiveram alta de 0,35% M/M, pressionados por Alimentação, e o INCC desacelerou para 0,09% M/M.

Para hoje, o restante da agenda doméstica conta com a divulgação dos dados de produção de veículos da Anfavea em dezembro. No front político, mercados acompanham a repercussão da reunião ministerial.

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