Hoje na Economia 06/03/2015

Hoje na Economia 06/03/2015

Edição 1227

06/03/2015

A expectativa em torno do relatório de emprego, que será divulgado logo mais nos Estados Unidos comanda os negócios nesta manhã. Animados com os sinais emitidos pela economia americana, mostrando o fortalecimento da atividade e do mercado de trabalho, investidores demonstram bom apetite ao risco, beneficiando, principalmente, o dólar. Segundo o consenso do mercado, a economia americana deve ter criado 235 mil novas vagas em fevereiro (257 mil em janeiro), enquanto a taxa de desemprego deve ter recuado de 5,7% em janeiro para 5,6%.

Apostas de que os EUA divulgarão números fortes sobre a criação de empregos impulsionam o dólar que deverá encerrar a semana no patamar mais elevado desde o início do ano. O índice DXY – que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas – registra alta de 0,31%, nesta manhã. Os futuros das principais bolsas de ações americanas, S&P e D&J, apresentam discretas oscilações, no momento, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se ao redor de 2,12% ao ano.

Na Europa, mercados de ações operam sem um direcional definido, enquanto se aguarda pelos dados sobre emprego nos EUA. O índice STOXX600 opera com ganho de 0,26%, no momento. Em Londres, bolsa local recua 0,18%, enquanto Paris encontra-se estável e Frankfurt sobe 0,10%. O euro troca de mãos a US$ 1,0968 (-0,56%) contra US$ 1,1028 no fim da tarde de ontem.

Na Ásia, as bolsas fecharam em direções divergentes, nesta sexta-feira. No Japão, a bolsa de Tókio fechou em alta, com o índice Nikkei subindo 1,17%. A expressiva valorização das ações japonesa na sessão de ontem pode ser explicada pela valorização do dólar ante a moeda japonesa, resultante de apostas de bons números sobre o emprego americano. O dólar é cotado a 120,08 ienes, diante de 119,73 ienes no pregão de ontem. Na China, aumentaram as preocupações com liquidez do mercado, em decorrência do elevado número de ofertas públicas iniciais (IPO) previstas para Xangai, na semana que vem. A bolsa de Xangai encerrou o pregão com queda de 0,22%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 0,12%.

As cotações de petróleo permanecem em alta, com o produto WTI sendo negociado a U$ 50,84/barril, com valorização de 0,20%, nesta manhã. O índice total de commodities flutua em torno da estabilidade, com destaque para metais básicos (-0,53%), agrícolas (-0,01%) e commodities energéticas (+0,51%).

A Bovespa deve manter sua trajetória incerta e volátil dos últimos pregões, evoluindo ao sabor das notícias sobre as dificuldades de relacionamento entre o governo e o Congresso, colocando em risco a aprovação das medidas de ajuste fiscal. No mercado de juros, as atenções estarão voltadas para o IPCA de fevereiro, que deverá mostrar inflação de 1,08% no mês e 7,56% em 12 meses, segundo o consenso do mercado. No mercado de câmbio, umapayroll em linha com o consenso do mercado poderá favorecer alguma correção do dólar, após ter fechado acima de R$ 3,00, ontem.

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