Hoje na Economia 06/05/2015

Hoje na Economia 06/05/2015

Edição 1267

06/05/2015

Negócios iniciam o dia com investidores preocupados com o desempenho da economia americana, após os dados desencontrados divulgados ontem, ao mesmo tempo em que na Europa, o foco permanece sobre a crise financeira na Grécia.

Nos Estados Unidos, o índice futuro do S&P500 opera em alta de 0,22%, sinalizando que, provavelmente, o mercado de ações americano deverá se recuperar após a forte queda registrada ontem. O dólar se enfraquece frente às principais moedas e o juro do T-Bond de 10 anos situa-se próximo de 2,20% ao ano. Serão conhecidos hoje, os dados sobre a criação de vagas pelo setor privado, apurado pelo Instituto de Pesquisa ADP, que devem mostrar que em abril foram criadas liquidamente 200 mil postos de trabalho, contra 189 mil em março. Trata-se de uma proxy da payroll de sexta-feira, importante para tentar se definir o momento em que o Fed iniciará a alta de juros.

Na Europa, alem de acompanhar as negociações em torno da crise financeira da Grécia (hoje, o governo grego efetuou pagamento de US$ 200 milhões ao FMI), investidores operam avaliando os balanços corporativos divulgados. O índice STOXX600 opera em ligeira alta. Londres sobe 0,20%; Paris +0,56% e Frankfurt avança 0,85%. O euro troca de mãos a US$ 1,1238, subindo em relação a cotação de US$ 1,1185 de ontem à tarde.

Na Ásia, mercados fecham em queda pelo segundo dia consecutivo. O índice regional MSCI Asia Pacific, excluindo o Japão que permanece fechado, encerrou o dia com queda de 1,0%. Na China, o índice Xangai Composto recuou 1,62% no pregão de hoje, refletindo temores de que as fortes altas das ações tenham levado a um valor que não corresponde aos fundamentos das empresas. Investidores, portanto, aproveitam para realizar lucros. Em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 0,41%. No mercado de câmbio, o dólar recua levemente frente à moeda japonesa, sendo cotado a 119,78 no momento, contra 119,82 de ontem à tarde.

No mercado de petróleo, os contratos futuros operam em alta, após terem ultrapassado, ontem, a barreira psicológica de US$ 60,0/barril na Nymex. Nesta manhã, o produto tipo WTI para entrega em junho é negociado a US$ 62,02/barril, com alta de 2,67%. Demais commodities operam em direções distintas, com destaque para metais básicos que recuam 1,12%, no momento.

As escaramuças políticas domésticas, ameaçando a aprovação do ajuste fiscal no Congresso, podem azedar o humor dos investidores por aqui. A Bovespa pode devolver partes dos ganhos recentes com a elevação da aversão ao risco. O dólar pode abrir em queda frente ao real, seguindo a tendência externa. Não se pode descartar um descolamento, diante dos riscos políticos que ameaçam o ajuste fiscal. Neste caso, também não se descartaria uma alta das taxas de juros no mercado de DIs futuros.

Topo